As leis são suficientes para capacitar escolas e educadores para o combate ao bullying? A sociedade está realmente interessada nesse assunto ou o que existe são preocupações pontuais quando o indivíduo é pessoalmente afetado? Só acredito num resultado positivo de combate ao bullying quando toda a sociedade estiver realmente envolvida, em especial a comunidade educativa, que implica pais, alunos, professores, diretores, funcionários. É preciso um empenho real e não apenas verborragia.
E, em primeiro lugar, as escolas precisam admitir que existe bullying dentro delas. Passou o tempo em que se achava que escolas boas eram as que não tinham bullying. Hoje o que se quer é que as escolas reconheçam o bullying e digam que iniciativas e ações estão empreendendo para combatê-lo. E saibam que essa é uma luta de todos os dias!
“A maioria das escolas, tanto públicas quanto privadas, ainda
tem um ambiente hostil e violento. Em geral, elas acreditam que os casos podem
ser resolvidos apenas com conversas pontuais ou continuam na negação do
problema”, diz Ana Paula Lazzareschi, advogada especialista no tema [bullying].
Para ela, colégios têm o dever de implementar programas efetivos de combate ao
bullying, e podem até ser processados, caso não comprovem as ações.
O bullying é caracterizado como ato de violência
física ou psicológica que acontece de modo intencional e repetitivo. A
intimidação normalmente se dá de maneira velada. (...) Uma lei federal estabelece
como responsabilidade das escolas a promoção de medidas de conscientização, prevenção,
diagnóstico e combate ao bullying. “Ele ocorre no parque, nas imediações da
escola, no recreio. Em sala de aula, vai acontecer quando o professor está de
costas ou dando atendimento individual a algum aluno. Por isso, é preciso um
olhar atento às pistas que os alunos dão”, diz a psicóloga Luciana Lapa,
orientadora da Escola Stance Dual, em São Paulo, e pesquisadora do Grupo de
Estudos e Pesquisas em Educação Moral (Gepem) das Universidades Estaduais de
Campinas (Unicamp) e Paulista (Unesp).
Para Luciana, atitudes violentas podem ser resultado
de vários fatores. “A experiência do bullying, o sofrimento prolongado, a falta
de ajuda podem resultar em uma ação violenta. Nunca se sabe qual é a
personalidade da vítima, qual é a situação familiar e (quando há) quais são seus problemas
psiquiátricos.”
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: "Caminhos para a erradicação do bullying escolar". Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.