Em 2016, foi divulgada a Avaliação Nacional de Alfabetização, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), cujos resultados são preocupantes: 54,73% dos estudantes acima de 8 anos de idade permanecem em níveis insuficientes de leitura; 33,95% dos alunos brasileiros têm índices de insuficiência na escrita; 54,4% estão abaixo do desempenho desejável em Matemática. Há outro dado que acende um alerta estarrecedor: segundo o Instituto Paulo Montenegro, 22% dos universitários ou graduados leem proficientemente, o que equivale a dizer que, aproximadamente, 80% dos acadêmicos brasileiros não obtiveram o nível ideal de alfabetização.
Diante desses resultados, é de se indagar: o que esperar do futuro desses jovens – até porque é atribuída à Educação uma das causas da desigualdade social do país?
Fica claro que é tempo de nos debruçarmos sobre a questão, tendo em vista, inclusive, o fato de ser tema potencial às redações dos vestibulares e do Enem – principal porta de ingresso às universidades. Leia abaixo não só a dissertação argumentativa, como também a respectiva análise, de Gislaine Buosi, nos moldes do Enem, sobre o tema: “Os desafios para acabar com o analfabetismo funcional no Brasil”.
O que diria Paulo Freire, importante filósofo e educador brasileiro, diante dos quase 30% de analfabetos funcionais no país? No século passado, ao propor um novo método de ensino, Freire concluiu que o aluno deveria ser capaz de ler e de reescrever o mundo. No entanto, não é isso o que se observa em grande número dos recém-formados, egressos do Ensino Superior, que leem, mas não interpretam textos (1,2). Isso, em grande parte, se deve não só à obsolescência da grade curricular obrigatória (3), mas também aos critérios (que ficam a cada dia mais frouxos) utilizados para a aprovação de alunos (4). Eis a prova de que o fomento à Educação deve ser priorizado pelas autoridades governamentais (5).
Nesse sentido, é inegável que a alfabetização seja o “calcanhar de Aquiles” da Educação brasileira, dada a precariedade do ensino, em especial, o público. Não raro, veem-se egressos dos cursos superiores que mal interpretam textos, o que equivale a dizer que, durante a formação escolar e acadêmica, não foram suscitadas as mais singelas técnicas de interação comunicativa. Soma-se a isso a falta de repertório histórico-literário, cujo domínio contribui para referências intertextuais, indispensáveis à interpretação de texto e contexto. Tudo isso, em cadeia, reflete a quase falência da Educação (6).
Além disso, nota-se que muitos alunos resistem às obrigações curriculares, haja vista que, portões afora, há um universo que se descortina, de modo mais pulsante do que a Gramática, a Física, a Biologia. Ademais, há o docente, leme da sala de aula, que, desmotivado em razão das remunerações pouco atraentes, tende a afrouxar os critérios de aprovação e reprovação escolares. Lamentavelmente, a cada ano, certificados de conclusão de cursos são entregues em mãos de quem lê um texto, porém não o interpreta; de quem identifica uma equação, mas não sabe resolvê-la. Impossível, pois, esperar que, sobretudo a curto prazo, o Brasil seja reescrito, como idealizou Freire(7).
Desse modo, para erradicar o analfabetismo funcional no Brasil, é preciso estreitar-se a parceria entre o Ministério da Educação e Cultura e o Conselho Federal de Educadores, a fim de que tanto o currículo escolar quanto a forma de ensinar sejam mais eficientes. Para tanto, o orçamento da União deve comportar ajustes salariais mais significativos a todos os atores da Educação, por meio de políticas de incentivo à docência, desde o Ensino Fundamental Anos Iniciais, especificamente, até o Ensino Médio. Todas essas ações, em conjunto, terão por finalidade corrigir a grave lacuna do analfabetismo funcional no país (8). Isso feito, parafraseando Freire, será possível passar o Brasil a limpo (9).
Por Gislaine Buosi
Confira a análise estrutural da dissertação:
1, 2 – Apresentação do assunto e do repertório sociocultural;
3 – Síntese do primeiro argumento;
4- Síntese do segundo argumento;
5 – Tese;
6 – Desenvolvimento do primeiro argumento;
7 – Desenvolvimento do segundo argumento;
8 – Proposta de intervenção social;
9 – Frase de impacto/fechamento.
E então?
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Agora ficou bem mais fácil, né?
A gente vai se falando…
Prof.ª Gislaine Buosi
Produção e Curadoria de Conteúdo
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