Alunos, professores e gestores do Ensino Fundamental, bem-vindos a mais uma temporada de episódios do Podcast Redigir Fundamental, uma ferramenta infalível para aprimorar as redações! Preparem-se para uma verdadeira revolução – a professora Gislaine Buosi, semanalmente, grava episódios que, além de muito criativos, atendem perfeitamente a demandas cada vez mais exigentes. Por aqui, há técnica e sensibilidade a toda prova!
Conheçam propostas dos mais variados gêneros redacionais, como Resenhas, Editoriais, Crônicas, Artigos de Opinião e Fábulas, cuja coletânea de apoio é não só bem selecionada, como também atualizada. São atividades que despertam a curiosidade dos estudantes, incentivando-os a explorar temas contemporâneos e talvez até – quem sabe? – se descobrirem escritores de ficção!
Sem dúvida, o Podcast Redigir Fundamental é o grande aliado das aulas de redação! Juntem-se a nós, na linha de frente da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.
Confiram o episódio!
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Eu estava voltando para casa, quando um talibã me atacou. Fui baleada na cabeça. Felizmente, sobrevivi. Em vez de me desencorajar, o ataque me fez mais forte, mais determinada a lutar em favor da Educação das meninas paquistanesas.
Olá, pessoal! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir Fundamental! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura.
No episódio de hoje, vamos fazer alguns comentários sobre a redação de entrevista, um gênero textual do discurso jornalístico. No final, há uma proposta para o desenvolvimento de uma entrevista – e… por acaso, vocês já desconfiaram, vocês já sabem quem é a nossa entrevistada? Fiquem comigo até o final. Vocês vão adorar conhecer um pouco mais essa mulher tão humana.
Quando se fala em ENTREVISTA, vem à tona o aluno com papel e lápis na mão, fazendo perguntas a um profissional de sucesso ou ao diretor do colégio ou, ainda, quem sabe?, ao avô. E que delícia sentar-se confortavelmente ao lado do avô, fazer a ele 1001 perguntas, ouvir, anotar respostas… Que delícia poder vasculhar a vida do avô e ouvir coisas… indizíveis, não fosse a provocação. Ok. Hoje falo de uma outra estratégia, também eficiente, para a composição de uma entrevista.
Mais fácil ou mais difícil, professora?
Opa! Meu aluno imaginário chegou! Mais fácil ou mais difícil? Hummm… Mais rápida! Algo diferente do que você está acostumado a fazer.
É. Eu já fiz algumas entrevistas – eu pergunto, o entrevistado responde, daí eu anoto…, como você disse agora há pouco.
Tá. Mas essa nova estratégia que nós vamos seguir vai ser esta: na proposta há um texto biográfico.
Um texto biográfico?
Sim, um texto em que consta a história da vida de uma pessoa – quem ela é, o que faz ou o que ela fez, onde estudou, no que se despontou, como e quando isso aconteceu etc., etc. Enquanto você estiver lendo essa biografia, você vai grifando informações, situações importantes da pessoa biografada – tudo isso será matéria-prima para a composição da entrevista.
O passo seguinte é você imaginar que as coisas que estão grifadas são respostas…
Respostas? Mas ainda nem há perguntas, Gislaine!
Calma… eu disse que você vai imaginar que sejam respostas – e, então, você precisará pensar em perguntas que admitam, que se encaixem, exatamente, nessas respostas, ou seja, nas informações que estão grifadas no texto biográfico.
A estrutura da entrevista é esta: indicação do entrevistador, breve apresentação do entrevistado, do tema da entrevista e de sua respectiva importância no contexto em que está inserido (social, político, econômico, cultural etc.). Em seguida, alternam-se perguntas (do entrevistador) e respostas (do entrevistado).
Para a sequência de perguntas e respostas, são utilizadas rubricas que indicam as falas do entrevistador e do entrevistado. É comum atribuir-se um título (geralmente, o nome do entrevistado) e um subtítulo (quase sempre, uma frase significativa/forte colhida do texto da entrevista).
IMPORTANTE: O entrevistador precisa estar atento na elaboração das perguntas, que devem ser objetivas/curtas. Obviamente, as falas do entrevistador não devem ser maiores do que as falas do entrevistado.
Vamos conhecer a proposta de redação?
O COMANDO é este: A partir dos dados biográficos da ativista paquistanesa Malala Yousafzai, escreva uma ENTREVISTA. Para isso, considere os fatos mais importantes de sua vida, em especial o atentado que sofreu, em represália à luta pela educação das meninas no Paquistão.
A coletânea de apoio está super bem selecionada!
Mãos à obra?!
Quer conhecer minha entrevista? Aqui está…
Malala
“Nenhuma ação é pequena quando se trata de lutar por Educação”
Malala Yousafzai é paquistanesa, tem 26 anos, é e sempre foi militante dos direitos das crianças. Em 2012, por defender o direito à escolarização de meninas, foi vítima de um atentado. Malala concedeu entrevista a Rodrigo Amorim, jornalista da Folha da Cidade, em 13-9-2024. A seguir, os principais trechos da entrevista.
Folha: Malala, você é uma inspiração para milhões de pessoas ao redor do mundo. Conte-nos um pouco sobre o que a levou a se tornar uma ativista pela educação de meninas.
Malala: Passei parte da minha vida no Paquistão, um lugar onde as meninas são frequentemente impedidas de irem à escola. Cerca de metade das crianças, de ambos os sexos, em idade de frequentar a escola primária, não está matriculada – 75% dos casos são meninas. Como reflexo disso, o país tem 6,7 milhões de mulheres, de 15 a 24 anos, analfabetas. Acredito que a educação seja um direito de todos, independentemente do gênero. Meu pai, que é professor, me inspirou a levantar a voz pela educação das meninas.
Folha: Em 2012, você foi vítima de um atentado. Como tudo aconteceu?
Malala: Eu estava voltando para casa em um ônibus escolar, quando um talibã me atacou. Fui baleada na cabeça. Felizmente, sobrevivi. Eu tinha apenas 15 anos – foi, sem dúvida, um momento muito difícil para mim e para minha família. Mas, em vez de me desencorajar, o ataque me fez mais forte, mais determinada a lutar pela Educação das meninas. Eu sei que tenho uma missão a cumprir e não posso deixar que o medo me estacione.
Folha: Você acha que sua história impacta a de outras meninas não só as paquistanesas, como também todas as meninas do mundo?
Malala: Espero, sim, que minha história impacte, inspire outras meninas a lutarem pelos seus direitos. A Educação é a chave para a autonomia, para a liberdade, e eu quero que todas as meninas tenham a oportunidade de estudar, de sonhar e de realizar os sonhos.
Folha: Por fim, que mensagem você gostaria de passar para nossos leitores?
Malala: Gostaria de convidá-los a engajarem-se na luta em favor dos marginalizados sociais. É preciso agirmos! Nenhuma ação é pequena quando se trata de lutar por Educação, caminho sem o qual não se alcança a Igualdade e a Justiça.
(Por Gislaine Buosi)
E então? Gostou da entrevista que escrevi? Também quero conhecer a sua, ok?
E que tal escrevê-la agora? Vamos lá! Desenvolva essa proposta de redação (clique aqui) – escrever é bom demais! Uma vez escrita, poste a redação e, assim que ela chegar corrigida no aplicativo, frequente o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir. Lá você encontra tópicos de gramática e listas de exercícios, sobre os pontos a serem aprimorados no texto.
Antes de nos despedirmos, convido você a assinar o podcast da Plataforma Redigir.
Então é isso! Um abraço e até o nosso próximo episódio!
Confira aqui o episódio anterior.
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