Estudantes e educadores do Ensino Fundamental, preparem-se para um novo recurso para a elaboração de redações – o Podcast Redigir Fundamental! Com um episódio a cada semana, temos a certeza de que vamos, juntos, transformar a maneira de escrever! É muita técnica e muita criatividade circulando por aqui! Fiquem ligados!
Há propostas de textos literários e utilitários dos mais diversos gêneros redacionais, como Editorial, Crônica, Artigo de Opinião, Fábula, com um passo a passo super eficiente! São propostas maravilhosas, que aguçam o interesse do aluno não só em conhecer e discutir temas atuais, como também em sentir-se – e quem sabe se tornar?! – um grande ficcionista!
Apresentados por Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura, os podcasts também trazem modelos de redação avalizados pela equipe pedagógica da Plataforma Redigir, que, sempre atenta, prepara os alunos do Ensino Fundamental para o enfretamento de temas e gêneros que serão cobrados tanto nos vestibulares, quanto na vida profissional.
É isso mesmo! O Podcast Redigir Fundamental chegou para dinamizar as aulas de redação. É a tecnologia, literalmente, do nosso lado! Estejam na vanguarda da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.
Confiram o episódio!
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Nosso lugar de fala é o universo. Contudo, que fique ressalvado: aquele que, levantando a voz, pretender trazer à tona desinformações, ofensas, ódios ou quaisquer outras situações que firam os direitos humanos, que se cale, independentemente do lugar que ocupa. Aliás, que se cale e que desocupe o lugar!
Olá, pessoal! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir Fundamental! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de redação. No episódio de hoje, vamos fazer alguns comentários sobre “Lugar de fala e liberdade de expressão”.
O conceito “lugar de fala” é relativamente novo – em 2017, a filósofa e ativista brasileira Djamila Ribeiro lançou um livro, em que apresentou esse conceito. O título da obra é “O que é lugar de fala?” Segundo Djamila, esse “lugar” refere-se à posição social de onde um indivíduo fala – e essa posição social é definida a partir das experiências, do contexto de vida do falante. Djamila Ribeiro põe a salvo, em especial, o direito de fala de pessoas de classes minoritárias, marginalizadas por conta da raça, do gênero, da religião e de tantas outras particularidades do ser humano.
Professora…
Opa! Meu aluno imaginário chegou!
A Djamila quer que todas as todas as pessoas tenham um lugar de fala – isso eu entendi bem. Mas e quanto à escuta? Eu acho que falar, todo mundo fala – o problema é que nem todos são ouvidos.
Claro! Você tem razão! A filosofia de Djamila Ribeiro não só abarca o direito de fala das pessoas que foram historicamente silenciadas, como também convida, provoca a sociedade a permitir que tais pessoas tenham a liberdade de falar, a oportunidade de serem ouvidas e, o mais importante, tenham suas reivindicações atendidas. Djamila propõe um espaço aberto para o diálogo em linha reta, sem tablados de hierarquia. O diálogo necessário – olho-no-olho, entende?
A proposta de hoje é a redação de um Artigo de Opinião. E o nome já diz tudo: o texto em que o autor apresenta seu posicionamento crítico em relação a um determinado assunto chama-se ARTIGO DE OPINIÃO.
Temos aqui uma sugestão para a estrutura desse texto:
. na introdução, apresente o tema e a tese – tese é a opinião, a ser defendida ao longo do texto;
. no desenvolvimento, ou seja, nos dois parágrafos intermediários, faça as argumentações – levante, por exemplo, causas e consequências, em defesa da tese e
. na conclusão, reafirme a tese e provoque o leitor, encaminhe o leitor para as próprias reflexões sobre o tema.
Cabem aqui, ainda, algumas ressalvas:
. o Artigo de Opinião é escrito, preferencialmente, na primeira pessoa do discurso, leva título e assinatura;
. não devem ser usadas expressões como: “eu acho que”, “na minha opinião”, “no meu modo de pensar” – tais expressões são consideradas intromissões grosseiras da primeira pessoa, até porque, quando se escreve um artigo de opinião, já está claro que o autor registra o que acha, o que pensa sobre o tema.
Vamos à proposta de redação?
Escreva um ARTIGO DE OPINIÃO sobre o tema: “Lugar de fala e liberdade de expressão”.
Mãos à obra?!
Ah… Quer conhecer meu artigo de opinião? Então aqui está ele…
Quem não souber falar, que se cale!
Por Gislaine Buosi
Há os que falam; há os que ainda não falam. Há os que falam, com sensibilidade e fundamento; há os que falam “pelos cotovelos”. E, para além do que se fala, existe hoje uma preocupação – o lugar de fala. Esse conceito refere-se à autoridade que determinada pessoa tem (ou não) de falar e de ser ouvida. O tema surge como um alerta, exatamente, àqueles que acreditam que conta bancária e diploma na parede sejam capazes de silenciar quem guarda moedas no cofrinho e ainda não conseguiu participar de uma festa de formatura. O lugar de fala acena em favor de pessoas marginalizadas – e como marginalizadas entendamos pessoas que sobrevivem às margens da sociedade.
A respeito disso, surgem mil perguntas: quem nunca passou fome está ou não capacitado para falar sobre insegurança alimentar? Em caso de resposta afirmativa – será, mesmo, que as palavras têm peso ou são sopradas ao vento? O branco sente a dor da discriminação sofrida pelo preto? O hétero tem elementos convincentes para manifestar-se a respeito de atitudes homofóbicas?
Ora, é certo que, para além da classe social, da etnia ou da orientação sexual, é o perfil humanitário quem deve autorizar – ou não – o falante. É imprescindível que no Brasil e no mundo os palanques – aí inseridos microfone, espaço e plateia – sejam, de fato, garantidos a pobres e ricos, a brancos e pretos, a héteros e não-héteros etc.
Desse modo, a resposta às perguntas aqui levantadas é “sim” – é possível, ou melhor, é preciso que pessoas dotadas de inteligência e bom senso ocupem os mais diversos, ocupem todos os lugares de fala. Só para exemplificarmos, não existe a remota hipótese de Sílvio Almeida, advogado, filósofo, professor universitário e atual Ministro de Estado dos Direitos Humanos, ser socialmente aceito para falar apenas sobre assuntos no entorno do preconceito racial; de igual modo, Drauzio Varella, médico oncologista, ser socialmente aceito para falar apenas sobre assuntos ligados à quimioterapia. Convenhamos: o pressuposto “lugar de fala” deve ser estratégia para agregar e não para silenciar vozes. Todos temos o direito à liberdade de falar e, mesmo apesar da quase surdez de determinados segmentos sociopolíticos, todos eles têm de nos ouvir.
Nosso lugar de fala é o universo. Contudo, que fique ressalvado: aquele que, levantando a voz, pretender trazer à tona desinformações, ofensas, ódios ou quaisquer outras situações que firam os direitos humanos, que se cale, independentemente do lugar que ocupe. Aliás, que se cale e que desocupe o lugar!
E então?
Gostou do meu Artigo? Também quero conhecer o seu, ok?
E que tal escrevê-lo agora? Vamos lá! Desenvolva essa proposta de redação (clique aqui) – escrever é bom demais! Uma vez escrita, poste sua redação e, assim que ela chegar corrigida no seu aplicativo, frequente o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir. Lá você encontrará tópicos de gramática e listas de exercícios, sobre os pontos a serem aprimorados em seu texto. E, antes de nos despedirmos, convido você a assinar o podcast da Plataforma Redigir no seu tocador de preferência. Essa redação que você acabou de ouvir está disponível no site.
Então é isso! Um abraço e até o nosso próximo episódio!
Confira aqui o episódio anterior.
A Plataforma Redigir é ideal para auxiliar os alunos do Ensino Fundamental a aprimorarem suas habilidades de escrita. Além de fornecer correções de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos e adaptativos, incluindo videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts.
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