Podcast Redigir Fundamental – Carta de solicitação – Ruas de brincar

Alunos, professores e gestores do Ensino Fundamental, bem-vindos a mais uma temporada de episódios do Podcast Redigir Fundamental, uma ferramenta infalível para aprimorar as redações! Preparem-se para uma verdadeira revolução – a professora Gislaine Buosi, semanalmente, grava episódios que, além de muito criativos, atendem perfeitamente a demandas cada vez mais exigentes. Por aqui, há técnica e sensibilidade a toda prova!

Conheçam propostas dos mais variados gêneros redacionais, como Resenhas, Editoriais, Crônicas, Artigos de Opinião e Fábulas, cuja coletânea de apoio é não só bem selecionada, como também atualizada. São atividades que despertam a curiosidade dos estudantes, incentivando-os a explorar temas contemporâneos e talvez até – quem sabe? – se descobrirem escritores de ficção! 

Sem dúvida, o Podcast Redigir Fundamental é o grande aliado das aulas de redação! Juntem-se a nós, na linha de frente da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.

 

Carta de solicitação -Ruas de brincar

Confiram o episódio!

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Transcrição do episódio

Olá! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao podcast Redigir Fundamental! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de redação. Hoje vamos conhecer um gênero textual que despertará em vocês uma vontade enorme de escrever… cartas. É isso mesmo! Gislaine, estamos no século 21… Ninguém mais escreve cartas… A gente tecla… 

Hummm… Meu aluno imaginário chegou cedo! Ainda que hoje você não manuscreva cartas, que você não coloque papéis escritos dentro de um envelope selado e o deposite na caixinha dos correios, olha só… quando você digita uma mensagem a uma pessoa ou a uma instituição, uma mensagem um pouco mais longa, informando, argumentando, reclamando ou pedindo coisas, você, de fato, escreve/digita uma carta. Perceba, então, que a tecnologia apenas transformou, adaptou a carta, de manuscrita, no bloco de papel, para digitada, no meio eletrônico.

No episódio de hoje, trazemos a você uma proposta de carta de solicitação. 

Ah… então vamos escrever uma carta que comece com: “Caro Senhor Prefeito, venho por meio desta tananã” e termine com: “um forte e caloroso abraço, atenciosamente”… 

Não, não! Essa expressões, definitivamente, ficaram para trás! Há sempre um modo menos desgastado, quer dizer, mais criativo para começar, desenvolver e finalizar uma carta.

A Carta de Solicitação pode ser escrita tanto na 1ª quanto na 3ª pessoa do discurso. Como o próprio nome adianta, ela tem a finalidade de encaminhar, a órgãos públicos ou a instituições privadas, solicitações, ou seja, pedidos de providências, de prazos, de licenças… São inúmeras as situações que surgem em meio à comunidade e requerem a redação de uma carta de solicitação.

Ainda que a estrutura seja maleável, a CARTA DE SOLICITAÇÃO deve conter, basicamente, os seguintes elementos: 

– Local e data;

– Identificação do órgão ou da instituição a que se destina a solicitação;

– Vocativo;

– Identificação completa do solicitante, quer dizer, do remetente;

– Exposição do fato, pormenorização e argumentação;

– Fundamentação do direito de solicitar (por exemplo, a citação de uma lei municipal ou de um artigo do Código de Defesa do Consumidor, que esteja ali previsto seu direito de pedir aquilo de que a comunidade esteja precisando);

– Solicitação clara e objetiva;

– Agradecimento pela expectativa de atendimento ao que se solicita;

– Despedida – que deve ser apenas “Atenciosamente”;

– Assinatura; 

 

Nas cartas formais, como você já sabe, é preciso observar os pronomes de tratamento respeitosos. Porém, o vocabulário nunca deve ser… difícil, empoeirado, especialmente nas cartas escolares. Nós não podemos “quebrar” a naturalidade, a espontaneidade da redação. Uma dica: não escreva aquilo que você não falaria.

Como assim, Gislaine?

Vejamos… Imagine você fazendo esta pergunta ao diretor do colégio: Senhor Diretor, não obstante a sua jornada de trabalho encerrar-se somente às 16 horas, o senhor não faria gosto de participar do nosso convescote, que está aprazado para a próxima segunda-feira, às 8h da manhã? 

O que é isso, professora? Eu só entendi o finalzinho… O que vai acontecer segunda, às 8 da manhã?

É isso! Nossa escrita não pode fugir do universo vocabular do leitor. 

Mas o leitor pode acessar o dicionário…

Você faria isso?

Ah…

Ou você abandonaria a leitura?

Era melhor se o texto fosse mais suave, né?

Exatamente – um texto mais suave – e é essa suavidade que está por detrás dessa dica: não escreva aquilo que você não falaria. Entendido?

Sim, entendido. Mas… você poderia me dizer, pelo menos, o que significa “convescote”?

Convescote é piquenique. 

Ah… tudo aquilo só pra convidar o diretor pra um piquenique? Deve ser piquenique do tempo dos meus bisavós! Por isso que você disse que é vocabulário empoeirado?! Só mais uma coisinha… Gislaine, a gente nem faz mais piquenique, tá?

 

Vamos conhecer a proposta de redação?

 

Imagine que, em diálogo com sua família e com a comunidade do bairro onde vocês moram, surgiu a ideia de pedir à Prefeitura a autorização para que, nos finais de semana, uma rua seja interditada, e se torne uma “Rua de Brincar”.

Pense nos detalhes dessa situação e escreva uma CARTA DE SOLICITAÇÃO À PREFEITURA. 

 

Também redigi essa carta de solicitação. Quer ouvi-la?

 

Pouso Alegre, 17 de julho de 2024.

Prezado Sr. Prefeito,

 

Sou Rafael Amorim, tenho 13 anos e sou estudante do 8º ano do Ensino Fundamental. Minha família e eu moramos em Pouso Alegre há mais de dez anos, no Bairro Monte Azul.

O motivo de eu escrever essa carta é o seguinte: há, aproximadamente, seis meses, a filial de uma grande empresa de calçados se instalou no nosso bairro, na Avenida Vicente Salustiano. De lá para cá, não só a avenida, como também as ruas no entorno da empresa estão congestionadas, o que tem impedido de brincarmos na rua, como estávamos acostumados.

No bairro não há nem sequer uma praça ou um parque para nos divertirmos. Por isso, até o semestre passado, brincávamos nas ruas, que não tinham grande movimentação de veículos. Hoje isso já não é possível, até porque nossos pais não permitem, nem mesmo, que saiamos para ir até a esquina, tamanho o perigo que corremos – é isso o que eles nos dizem.

Desse modo, venho solicitar que seja interditada a Rua Tamandaré, da altura do nº 102 até o nº 988, aos domingos, das 8 às 17h, para que possamos brincar. Aliás, li nos jornais de Belo Horizonte que o Projeto Ruas de Brincar já acontece lá faz alguns anos, e, assim, as crianças puderam ganhar, ou melhor, recuperar um espaço público seguro para recreação. É claro que isso é indispensável para a interação de amigos e familiares.

Só para adiantar, já verifiquei com os vizinhos e com os comerciantes do bairro, e todos estão de acordo com essa iniciativa, porque há crianças, de todas as idades, em quase todas as casas!

Conto com seu apoio para que nossa Rua de Brincar seja providenciada o quanto antes.

 

Aguardo sua resposta, 

Atenciosamente,

Rafael Amorim,

Filho de Marco Antônio Sales Amorim, dono da padaria Pão & Mel, que também assina essa carta.

E então? Gostaram da minha carta de solicitação? Também quero conhecer as cartas escritas por vocês, ok? 

Antes de começarem a escrever (clique aqui), mergulhem na proposta, pensem, façam um rascunho e então escrevam, reescrevam o texto – se for preciso! E mais do que isso: estejam certos de que ninguém pensaria naquilo em que vocês estejam pensando – isso é ser original.

Antes de postarem a redação na Plataforma, releiam o que escreveram, façam a autocrítica e a autocorreção: confiram se o texto está fácil de ser entendido, se as frases e os parágrafos estão bem ligados entre si, se os fatos obedecem a uma sequência cronológica e não se atropelam, se não há repetição nem sobra de palavras, se a acentuação gráfica, a pontuação, a ortografia, a conjugação verbal, as concordâncias e as regências estão corretas.  

Enfim, postem a redação e, assim que ela chegar corrigida no aplicativo, frequentem o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir. Lá vocês encontrarão tópicos de gramática e listas de exercícios, sobre os pontos a serem aprimorados no texto. 

Também convido vocês a assinarem o podcast da Plataforma Redigir. Essa redação que vocês acabaram de ouvir está disponível no site. 

 

Então é isso! Um abraço e até o nosso próximo episódio!

Confira aqui o episódio anterior.

 

Rumo a redações excelentes no Ensino Fundamental!

A Plataforma Redigir é ideal para auxiliar os alunos do Ensino Fundamental a aprimorarem suas habilidades de escrita. Além de fornecer correções de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos e adaptativos, incluindo videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts.