Há cerca de duas ou três décadas atrás, a gestão escolar não tinha muitas demandas associadas à utilização de tecnologias nas instituições de ensino (IE). Afinal, o retroprojetor e o mimeógrafo eram basicamente as ferramentas mais tecnológicas presentes no dia a dia de uma escola.
Com o avanço da internet, no entanto, o cenário supracitado passou por diversos processos de inovação. Dessa forma, vivemos tempos em que é impossível dissociar o funcionamento de uma IE do que há de mais moderno no contexto dos recursos tecnológicos.
Para lidar com a modernidade proporcionada por essa inevitável e imensa inovação, a gestão escolar enxergou a necessidade de contar com mão-de-obra especializada. Afinal, o funcionamento pleno dessas ferramentas vai além do trivial. Nesse cenário, departamentos para lidar com Tecnologia da Informação (TI) e Tecnologia Educacional (TE) em ambiente administrativo de uma escola passaram a ser essenciais para a gestão de uma IE.
Na prática, TI e TE são áreas correlatas. As sutis diferenças e semelhanças entre elas, no entanto, acabam gerando certa confusão no desenvolvimento dos processos. Neste artigo, porém, você confere um material de apoio completo para tirar o melhor proveito de ambos os departamentos.
Houve um tempo em que um profissional especialista em TI também supria as demandas de TE em uma escola.
A evolução tecnológica, sobretudo no século XXI, ganhou certo grau de complexidade no desenvolvimento de processos que envolvem tecnologias referentes ao ambiente educacional. Nesse cenário, então, surgiu a necessidade de dividir os departamentos. Afinal, além de mais equipamentos e recursos, o número de usuários dessas tecnologias também aumentou.
Em uma edição do podcast Aula Magna Redigir, Rodrigo Simões recebeu o professor Marcelo Milani, Coordenador de Tecnologias Educacionais no Colégio Humboldt (SP). Durante a conversa, a dupla refletiu sobre a relevância do profissional de TE, bem como de TI, nas escolas.
Rodrigo Simões observou que algumas IE, sobretudo as de gestão mais conservadoras, ainda concentram esforços somente na busca por um profissional de TI. Ou seja, procuram por um profissional que cuide da segurança (senhas de acesso), manutenção de equipamentos, entre outras questões mais técnicas. O apresentador não se furtou, no entanto, de pontuar a necessidade de as escolas também se atentarem para contar com um profissional mais estratégico, ou seja, alguém com autoridade em TE.
Além de endossar o pensamento de Simões, Marcelo Milani argumenta que as escolas devem atentar para um diferencial no momento de buscar um TI. Segundo Milani, esse profissional deve entender um pouco da dimensão dos assuntos pedagógicos, justamente para apresentar propostas mais assertivas para as demandas que surgirem ao longo da jornada.
As duas áreas são distintas, porém complementares. Se fizermos uma analogia, TI é um departamento de bastidores e o TE faz atuações “em campo”. A seguir, você confere um breve detalhamento sobre cada uma dessas variáveis de atividades associadas à utilização da tecnologia.
Em suma, o departamento de TI cuida da infraestrutura da instituição. Nesse sentido, o profissional é responsável pelo funcionamento pleno de processos que envolvem temas como:
Por fim, não podemos deixar de mencionar que cabe ao TI a tarefa de cuidar da segurança online, também com ênfase na questão da LGPD na escola. Dessa forma, esse departamento cuida de demandas menos estratégicas e mais executoras.
Se o trabalho do TI envolve fundamentos tecnológicos, a atuação do profissional de tecnologia é mais humanizada. Em outras palavras, o TE gerencia a curadoria da inovação, sempre trabalhando em conjunto com professores, alunos e demais usuários da tecnologia utilizada em uma escola. Confira abaixo alguns exemplos dessas atribuições:
A TE trabalha mais próxima do usuário final e não abrange somente questões unicamente técnicas. Dessa forma, não pode ser encarada como um departamento secundário da TI, mas sim como um departamento de função complementar.
Agora que chegou até aqui, você compreendeu a diferença entre TI e TE. A seguir, vamos expor como é o funcionamento desses departamentos na prática.
Para entender o funcionamento dessas tecnologias, considere o storytelling abaixo:
Como de costume, a professora Maria Clara chegou na escola para trabalhar, pontualmente às 6:30, numa segunda-feira. Passou pelo porteiro, que conferiu o documento de identificação e abriu a porta eletrônica, e utilizou o smartphone para bater o ponto.
Como precisava lançar notas no ERP educacional, foi à sala de informática e tratou de cuidar dessa demanda. Acontece que a rede estava oscilando e Maria Clara precisou acionar Lucca Carvalho, líder do time de TI, para fazer um reparo de urgência. Afinal, as notas não poderiam constar como “faltantes” no dashboard que seria apresentado na reunião de professores que está marcada para terça-feira.
Mais tarde, após lançar todas as notas, Maria Clara se dirigiu até a sala de TE e recebeu de Gustavo Fechus as instruções para participar de um treinamento online. Fechus ficou encarregado de mediar a videoconferência entre a professora e Rodrigo Simões, da Redigir, plataforma adaptativa para ensino de escrita que acabou de ser contratada pela escola.
No mesmo dia, em curto espaço de tempo, Maria Clara exerceu atividades que foram diretamente impactadas pela interferência dos departamentos de TI e TE. Em tese, ela teve contato com sistema de tecnologia externa, rede e internet, ERP educacional e sistemas de apoio (videoconferência). Sem a devida assistência, dificilmente a professora teria tido sucesso nas atividades que precisava executar.
A sua instituição está devidamente preparada para existir no presente? Fica aqui a reflexão! 😉
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