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EFAF - ARTIGO DE OPINIÃO - REPRESENTATIVIDADE NEGRA NA MÍDIA
ARTIGO DE OPINIÃO - EF ANOS FINAIS
REPRESENTATIVIDADE NEGRA NA TV
ARTIGO DE OPINIÃO
ID: H9N
Texto I
A questão da representatividade do negro na mídia brasileira é algo que
vira e mexe recebe holofotes em pesquisas e debates. Não é para menos, a
indústria cultural midiática ainda é pouco permeável à ideia de ter o negro em
papel protagonista, e segue reproduzindo estereótipos, colocando o negro em
papéis que configuram, quase sempre, subalternidade. Os velhos papéis se
repetem. Do lado negativo, o escravo, a “mulata” lasciva, a empregada
doméstica, o preto bobo ou ignorante que faz a gente rir e o bandido. Do lado
positivo, o jogador de futebol, o sambista ou aquele personagem que interpreta
a exceção: o moço de família humilde que lutou muito e “venceu na vida”. Tais figuras
não são exclusividade dos produtos de ficção, até porque também são apresentados
assim em programas de auditório e em quadros do jornalismo.
MIELKE,
Ana Cláudia. Disponível em: https://diplomatique.org.br/negros-e-midia-invisibilidades/.
Adaptado. Acesso
em 19.jan.2023.
Texto II
Novelas e séries exibidas em 2022 trouxeram atores negros em tramas
centrais e diversas. Isso é diferente do que vemos nas últimas décadas: poucos
atores negros nas tramas e, geralmente, em histórias secundárias ligadas à
pobreza, violência e racismo. Ainda não há igualdade entre o número de atores
negros e brancos nas histórias, mas a movimentação pode indicar mudança e mais
representatividade nas produções audiovisuais do país, que tem 56% da população
negra, segundo o IBGE. A atriz Yara Charry, de 25 anos, defende que não basta
colocar pessoas pretas em novelas para lutar contra o racismo. A intérprete de
Joy em "Todas as Flores" diz que é preciso observar a importância do
personagem e o que ele representa para a história daquela trama. Na novela do
Globoplay, Joy é uma menina negra que vem de uma família rica e mista — pai
branco (Cássio Gabus Mendes) e mãe preta (Naruna Costa). É uma personagem
complexa e com história própria na narrativa: ela circula em um dos principais
ambientes da novela, a Rhodes, e vive os dilemas de uma pessoa soropositiva.
"(O debate) Não é eu ser uma mulher negra interpretando a Joy, e sim o que
a Joy representa na trama.
PAVÃO,
Filipe. Disponível em: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2022/12/23/por-que-e-importante-escalar-atores-negros-para-personagens-diversos.htm.
Acesso em 19.jan.2023.
Texto III
Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua
origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem
aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.
Frase
de Nelson Mandela, ativista sul-africano que ficou mundialmente conhecido por
encabeçar a luta dos negros contra o regime de segregação racial.
COMANDO: Escreva um ARTIGO DE OPINIÃO sobre o tema: Representatividade negra na mídia
brasileira – as novelas podem ensinar ao público noções de respeito e amor ao
próximo? Seu texto deverá ter de 20 a 25 linhas.
Você já sabe, mas não custa lembrar...
O ARTIGO DE OPINIÃO, como o próprio nome adianta, é
um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema
polêmico. É um gênero textual que se apropria, predominantemente, do tipo
dissertativo. Dá-se o nome de articulista àquele que escreve o Artigo. Inserido
nos grandes jornais, o Artigo é um serviço prestado ao leitor, com o objetivo
de convencê-lo acerca não só da importância do tema ali enfrentado, como também
da relevância do posicionamento do articulista. São comuns o apelo emotivo, as
acusações, o humor, a ironia – tudo baseado em informações factuais.
O
Artigo, geralmente, é escrito na 1ª pessoa, leva título e assinatura.
A estrutura do
Artigo de Opinião, ainda que maleável, procura seguir:
. Introdução, com
a apresentação do tema e da tese a ser defendida;
. Desenvolvimento,
com as argumentações para a defesa da tese e
. Conclusão, com a
reafirmação da tese e a provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias
reflexões.
ALERTA! Cuidado com as armadilhas da primeira pessoa: Ainda que você
desenvolva um texto de opinião, não escreva: “eu acho que”; “na minha opinião”;
“no meu modo de pensar” etc., porque essas expressões são consideradas
armadilhas da primeira pessoa.