No CONTO DE ENIGMA, como o próprio nome diz, há sempre um enigma, um mistério a ser desvendado, em torno do qual a trama se desenvolve.
Desde o início da narrativa, o escritor propõe um “jogo” com o leitor, que, automaticamente, assume uma postura de investigador. Ainda que o enigma, quase sempre, recaia sobre um crime, há contos enigmáticos que envolvem situações inusitadas, intrigantes – e não, necessariamente, criminosas.
A fim de desvendar e enigma, o escritor, ao longo do texto, deixa ao leitor pistas verdadeiras e falsas, colocando sob suspeita todas (ou quase todas) as personagens do conto. Até o final da história, o leitor levanta muitas hipóteses a respeito dos fatos para, em seguida, o escritor surpreendê-lo com a revelação do enigma.
É comum adotar um detetive, personagem determinante, porque, em meio ao mistério, é o detetive quem vai passar por instantes de perigo. Procure se lembrar de cenas/episódios de mistério aos quais você, certamente, já assistiu.
CONTEXTUALIZAÇÃO: Imagine que a Casa 28, uma casa
de aluguel que pertence ao Sr. Hermínio, esteja desocupada – ou melhor, esteja
sempre desocupada, uma vez que não há família que fique na casa por mais de...
dois dias. Na vizinhança, corre a notícia de que os inquilinos deixam a casa por conta de barulhos no porão.
COMANDO: Você deverá explorar o contexto acima e
desenvolver um CONTO DE ENIGMA.
Antes de começar a escrever, pense, levante
hipóteses, crie o suspense. Escreva, aproximadamente, 30 linhas.
Não economize criatividade nem... suspense! Deixe
seu leitor intrigado, para, ao final, surpreendê-lo.
. Esteja certo de que
ninguém pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.
. Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo...
. Até o final de seu conto, o leitor pretenderá encontrar respostas para: o quê?, quem?, como?, quando?, por quê?, e então...
. Antes de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e parágrafos estão bem ligados, se as ações seguem numa sequência cronológica e não se embaralham, se não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia, a acentuação gráfica, as pontuações e os plurais estão corretos.