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EFAF - ENTREVISTA - TAÍS ARAÚJO, SOBRE O CASO MOÏSE

ENTREVISTA - EF ANOS FINAIS

ENTREVISTA

A TAÍS ARAÚJO, DEPOIS DO ESPANCAMENTO DE MOÏSE

ID: GGK




Texto I

Taís Bianca Gama de Araújo Ramos (Rio de Janeiro, 25 de novembro de 1978) é uma atriz e apresentadora brasileira. Destacou-se como a terceira atriz negra a protagonizar uma telenovela brasileira em Xica da Silva (1996). (...) Na noite de 31 de outubro de 2015, a página no Facebook da atriz foi alvo de comentários racistas, e ela declarou em uma postagem: "não vou me intimidar, tampouco baixar a cabeça". A hashtag #SomosTodosTaísAraújo virou trending topic na manhã de 1 de novembro do mesmo ano. (...)

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática determinou um inquérito para a apuração do crime. No ano seguinte, em 2016, pela luta contra o racismo, recebeu a homenagem no Prêmio Trip Transformadores, da Revista Trip.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ta%C3%ADs_Ara%C3%BAjo



Texto II

Na penúltima segunda-feira, 24, a morte brutal do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, comoveu o Brasil. O jovem que trabalhava servindo mesas num quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi agredido a pauladas até a morte por quatro homens. As imagens das agressões registradas pelas câmeras de segurança, cedidas à polícia pelo proprietário do quiosque, chocaram o país.

A morte de Moïse é simbólica, pois revela o racismo que predomina no Brasil. Por aqui, insultar, humilhar, agredir e matar negros é coisa banal.

LEITÃO, Matheus. Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/o-caso-moise-e-o-racismo-nosso-de-cada-dia/. Acesso em 4.mar.2022.



Texto III

[Sobre o espancamento e a consequente morte do congolês Moïse], a atriz Taís Araújo, 43, pede justiça urgente e diz que não se pode transformar a barbárie em naturalidade. Segundo ela, o Brasil transformou a escravidão, que foi uma grande barbárie, em uma coisa normal. Ela diz que as pessoas reproduzem o Brasil colônia até hoje.

Taís alerta que o absurdo é que a morte por espancamento de Moise não é a primeira que se vê contada dessa maneira. "Como consolar essa família? É muita falta de humanidade, é muito absurdo. É urgente que toda a sociedade civil se revolte e cobre justiça porque isso definitivamente não pode se repetir!"

https://esportes.yahoo.com/noticias/famosos-pedem-justi%C3%A7a-por-morte-212700136.html. Adaptado. Acesso em 4.mar.2022.



Texto IV

“A preocupação [sobre práticas racistas] é diária. Eu sou mãe de crianças negras. A preocupação vai fazer parte da minha vida pra sempre. É preciso enxergar quer existe um abismo e todos nós somos responsáveis por isso. Brancos e não brancos. Negros e não negros. Todos nós somos responsáveis enquanto sociedade e não só uma parcela ficar gritando ‘para com isso! Não dá mais, nos respeitem’. O outro lado, que não é tão atingido, tem que entender que a sociedade é uma só e que tem que trabalhar também, tem que se sentir responsável. É toda a sociedade. Falta muita coisa. Infelizmente.”

ALMEIDA, Flávia.

Disponível em: https://www.geledes.org.br/tais-araujo-sobre-racismo-existe-um-abismo-e-todos-nos-somos-responsaveis-por-isso/...

Adaptado. Acesso em 4.mar.2022.




PROPOSTA DE REDAÇÃO: Imagine que você tenha sido convidado a entrevistar a atriz Taís Araújo, logo após a notícia do espancamento e a consequente morte do congolês Moïse Kabagambe, em 24-1-2022. Lido o material de apoio e considerando-se também tudo o que você já conhece a respeito da atriz, passe a “entrevistar” Taís Araújo, que manifestou sua indignação pelos crimes de racismo que são cometidos. Escreva, aproximadamente, 30 linhas – componha de 6 a 8 perguntas, com as respectivas respostas.


É fácil: Selecione dos textos de apoio os fragmentos que você considerar mais relevantes – eles serão, depois de ajustados, as “respostas” às perguntas que você, a partir delas, elaborará. (Obviamente, as perguntas devem ter conexão com as respostas.) Capriche! Imagine que a entrevista será publicada numa revista de grande circulação nacional.



Só para lembrar...

ENTREVISTA é gênero textual do domínio do discurso jornalístico; é o diálogo entre entrevistador (jornalista) e entrevistado (personagem do fato/da notícia). A entrevista é um dos modos de apuração das informações, que são matéria-prima da notícia.

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