Na origem clássica da palavra gentileza, existe o
termo que remete a “gens”, clã, família e origem. Você tem obrigações com seu
grupo. Essa antiga noção é muito maior do que a ideia de família nuclear ou
estendida que temos hoje, na qual o que nos une é o sobrenome e a possibilidade
de amor. Devo gentilezas inúmeras ao meu grupo familiar. (...) Jesus foi uma
revolução no campo da gentileza – ele definiu que deveríamos ter preocupações e
gestos de cuidado não apenas com desconhecidos, como também com inimigos. A
parábola do "Bom Samaritano" (Lucas 10, 25-37) define “gentileza” com muita clareza:
o homem que nem era alguém do grupo judaico socorreu a vítima de um assalto.
Cuidar de um desconhecido, pagar pelo seu tratamento e amparar uma necessidade
ignorada pelos religiosos que passaram por ali era a nova regra. Gentileza como
gesto de amor.
KARNAL,
Leandro. Disponível em: https://www.jornalcruzeiro.com.br/opiniao/artigos/gentileza-enfim/.
Adaptado. Acesso em 8.fev.2023.
Texto III
Receber uma mensagem de "obrigado" faz
muito bem, diz estudo
Uma nova pesquisa mostrou que receber notas,
e-mails e cartas de agradecimento é capaz de te deixar mais entusiasmado. O
estudo, liderado por dois psicólogos, ainda sugere que as pessoas subestimam o
efeito de enviar mensagens dizendo “obrigado”, pois desconhecem o quão bem isso
pode fazer. "Elas acham que não vai ser um grande negócio", disse
Amit Kumar, professor da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. O relatório
também aponta que as pessoas acabam acreditando que um agradecimento pode
parecer falso e desonesto, além de considerar que o receptor poderá ficar
desconfortável. (...) Kumar e Nicholas Epley, da Universidade de Chicago, nos
EUA, descobriram que quem recebe as mensagens não se importa como as cartas são
feitas, mas sim com seu conteúdo. (...) Para Kumar, as pessoas tendem a
subestimar o efeito positivo que elas podem ter sobre os outros com um pequeno
investimento de seu tempo que é de escrever “obrigado”.
Disponível
em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Psicologia/noticia/2018/07/receber-uma-mensagem-de-obrigado-faz-muito-bem-diz-estudo.html.
Adaptado. Acesso em 8.fev.2023.
Texto IV
Luiz Gabriel Tiago, empresário indicado ao Prêmio
Nobel da Paz, disse: “A gentileza pode transformar uma vida, uma relação, um
relacionamento profissional, basta praticar. A gentileza no ambiente de
trabalho é o grande trunfo dos profissionais que estão prontos para fazer a
diferença no mercado.” Mahatma Gandhi, ativista indiano dos direitos humanos,
dizia que: “A gentileza não diminui com o uso. Ela retorna multiplicada.”
Disponível
em: https://administradores.com.br/artigos/a-importancia-da-gentileza-no-dia-a-dia.
Adaptado. Acesso em 8.fev.2023.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do pensamento de Gandhi,
segundo o qual “a gentileza não diminui com o uso - ela retorna multiplicada”, escreva um Artigo de
Opinião. Seu texto deverá ter de 25 a 30 linhas.
O ARTIGO DE OPINIÃO (ou Artigo opinativo, ou,
ainda, Texto de opinião), como o próprio nome adianta, é um texto em que o
autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema polêmico. É um gênero
textual que se apropria, predominantemente, do tipo dissertativo. Dá-se o nome
de articulista àquele que escreve o Artigo, que é, obviamente, persuasivo:
inserido nos grandes periódicos, é um serviço prestado ao leitor, com o
objetivo de convencê-lo acerca não só da importância do tema ali enfrentado,
como também da relevância do posicionamento do articulista. São comuns o apelo
emotivo, as acusações, o humor, a ironia – tudo baseado em informações
factuais. O artigo, contém título e assinatura.
A estrutura do artigo de opinião, ainda que
maleável, procura seguir:
. Introdução, com a apresentação do tema e da tese
a ser defendida;
. Desenvolvimento, com as argumentações para a
defesa da tese e
. Conclusão, com a reafirmação da tese e a
provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias reflexões.
ALERTA! Cuidado com as armadilhas da primeira
pessoa: Ainda que você desenvolva um texto de opinião, não escreva: “eu acho
que”; “na minha opinião”; “no meu modo de pensar” etc., porque essas expressões
são consideradas armadilhas da primeira pessoa.