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EFAF - CONTO POPULAR - O CONTO DO VIGÁRIO

CONTO - EF ANOS FINAIS

O CONTO DO VIGÁRIO

CONTO POPULAR

ID: IUR


O que é CONTO?

Você já sabe, mas não custa lembrar...

O conto é uma narrativa curta – o escolar tem, aproximadamente, trinta linhas. É preciso criar enredo, narrador, personagens, tempo e espaço. O narrador é quem “conta” o enredo/história.


Atenção à estrutura tradicional do conto: apresentação, complicação, clímax e desfecho.


CONTO POPULAR (ou TRADICIONAL) é a narrativa passada de geração em geração, sem, contudo, conhecermos o autor – a autoria é atribuída ao povo. A história é modificada, cortada, aumentada à medida que vai sendo repetida, e mantém-se viva graças à memória dos contadores de histórias – pais, avós, tios, professores etc.

De um modo geral, os contos populares falam de costumes, superstições e crenças de personagens comuns (e não de fadas, duendes, nem de criaturas fantásticas); tais personagens nem sempre têm nomes – isso acontece porque, nesses contos, as ações são mais importantes que as personagens, que se tornam representativas de segmentos sociais padronizados; é o que chamamos personagem-tipo: o vilão, a mocinha, o mordomo etc.

Embora sejam narrados no passado, nos contos populares, o espaço e a nacionalidade das personagens, por vezes, não são determinados – aliás, a universalidade é característica dos contos populares. A personagem-tipo Pedro Malazartes, que se consagrou como um caipira espertalhão, não é particularidade da cultura/literatura de um determinado país; daí o caráter universal e bem-humorado. Malazartes é conhecido em países como Espanha e Portugal.

As situações também são atemporais – quer dizer, as personagens-tipo transitam no tempo, sem necessariamente pertencer ao passado, ao futuro ou mesmo ao presente.

Anota-se ainda que muito se engana quem acredita que contos populares se destinam apenas à leitura das crianças. Não! Por meio de um conto popular, é possível extrair regras de comportamento, advertências, conselhos etc., dado o caráter simbólico do gênero, que, sem dúvida, diz mais do que parece dizer.

Autores contemporâneos costumam escrever seus próprios episódios, a partir de personagens-tipo. É o caso de tantos enredos em que surge a MADRASTA, personagem tradicionalmente conhecida por ser má com as enteadas. Há também uma infinidade de enredos que envolvem PESCADORES, famosos por serem mentirosos. Há também diversas versões do CONTO DO VIGÁRIO, como a que segue. Há também diversas versões do CONTO DO VIGÁRIO, como a que segue.


Uma das versões mais bem consolidadas do Conto do Vigário nos remete ao século 19, em Portugal, quando alguns malandros chegavam a cidades interioranas, e apresentavam-se como vindos da parte do vigário da capital. “A gente vem em nome do vigário de Lisboa...”

A estratégia para dar o golpe nas famílias simples e honestas do interior era esta: os malandros traziam malas grandes, pesadas – diziam que as malas estavam cheias de dinheiro, e que eles estavam a serviço da Igreja. Os malandros completavam a conversa mole pedindo que determinada família guardasse as malas, visto que ainda precisavam visitar alguns arraiais para deixarem algum donativo etc., etc. Algo mais o menos assim: “A senhora podia fazer a fineza de guardar nossas malas? Estamos até com dor nas costas, de tão pesadas... Dinheiro pesa muito, né? A gente vai e volta, vai e volta, levando um ajutório para os pobres que a gente encontra pelo caminho, e...”

A família, de boa-fé, imediatamente, propunha-se a guardar as malas, e então vinha o arremate da traquinagem: “Então... a gente pede só uma garantiazinha pra modo de a gente poder viajar com a segurança de que, na volta, as malas estarão aqui... Coisa pouca... Uns tostões...”

E você, leitor, acha mesmo que os malandros, que diziam terem vindo por recomendação do vigário, voltavam para apanhar as malas cheias de... quaisquer porcarias?

Desse modo, esse evento ficou conhecido como o CONTO DO VIGÁRIO.


PROPOSTA DE REDAÇÃO: O recorte jornalístico a seguir é o ponto de partida para um novo episódio do CONTO DO VIGÁRIO.


IMPORTANTE: mergulhe na proposta, pense, levante hipóteses – como os malandros conseguirão enganar pessoas (quais – o prefeito, a dona do supermercado, a manicure etc.?) e tirarão proveito da situação? Será que conseguirão outra façanha? Ou... dessa vez vão se dar mal? Não vale apenas reproduzir o conto acima, tá?


Escreva o melhor CONTO DO VIGÁRIO de todos os tempos! Não economize criatividade!

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