Você
já sabe, mas não custa lembrar...
Contos
são narrativas curtas – o conto escolar tem, aproximadamente, trinta linhas. É
preciso pensar em elementos como trama (história), personagens, narrador, tempo
e espaço.
Atenção à estrutura tradicional do
conto: apresentação das personagens, com a inserção delas
no tempo e no espaço; complicação (envolvimento das personagens), clímax
(instante de maior suspense) e desfecho (final da história).
No
gênero “conto”, embora seja predominantemente narrativo, há aspectos
descritivos, para que, em especial, as personagens e o espaço/ambiente sejam
bem apresentados ao leitor, que os “enxergará” da maneira como o escritor os
“desenhou” – descrever é desenhar com palavras! Por ser um texto relativamente
breve, o conto trabalha com um número limitado de personagens.
Ao
final, espera-se que o texto contenha respostas para as seguintes
perguntas:
ü O
quê? – fatos que compõem a história/trama;
ü Quem?
– personagens que vivem a trama;
ü Onde?
– lugar onde ocorrem os fatos;
ü Como?
– a maneira pela qual se desenvolvem os fatos;
ü Por
quê? – a causa dos fatos/acontecimentos;
ü Quando?
– o momento/a época em que ocorrem os fatos;
ü E
então... – final da trama.
O
que distingue um conto social dos demais é o fato de tratar de temas que
envolvam, em especial, acontecimentos muito próximos à realidade de personagens
socialmente marginalizadas, ou seja, personagens que em muito se assemelham a
pessoas desprivilegiadas. Há certo aceno a denúncias de injustiças ou de
desatenção aos direitos humanos. Temas como: desigualdade social, fome e
insegurança alimentar, preconceito, pessoas em situação de rua, bullying etc.,
podem ser pano de fundo para os contos sociais.
Leituras:
Com
a crise econômica na Argentina em 2001, muitos artistas de rua do país vizinho
vieram tentar a sorte no Brasil. Na época, ainda era raro ver malabaristas nos
faróis de trânsito, e esses argentinos faziam algum dinheiro. Aos poucos, o
malabarismo foi se popularizando e conquistou muitos adeptos entre jovens da
classe média no Brasil. Hoje em dia, esses artistas dividem o espaço com
meninos de rua, que viram na atividade uma forma de obter alguma renda. O local
onde o malabarismo deve ser praticado virou uma polêmica entre os jovens que o
praticam. Os artistas questionam se essas apresentações nos faróis banalizam ou
não o que consideram uma arte.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/folhatee/fm1804200504.htm.
Acesso em 22.nov.2024.
Rosto
suado, pernas e braços vestidos da pele queimada do sol, cabelos que há muito
não viam corte. De manhã até à tardezinha, o malabarista tomava conta do farol
da Avenida Comendador, à altura do Banco do Brasil, de onde entravam e saíam
homens de negócios. Por vezes, ganhava umas moedas miúdas, que rendiam balas de
leite; por vezes uma cédula nova – e então sanduíche e coca-cola garantidos.
Gislaine Buosi, escritora
COMANDO: Escreva um CONTO SOCIAL, entre 25 e 30 linhas, a partir do tema: “Malabarismo de rua – equilíbrio, arte e meio de sobrevivência”.
Leve
ao seu leitor o conto social mais bem escrito de todos os tempos! Invista
também em aspectos descritivos, para dar mais “colorido/vida” às cenas. Não
economize sensibilidade!
SUPER DICAS:
ü Esteja certo de que
ninguém pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.
ü Não tenha preguiça de
escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o
terceiro, muito, muito melhor do que o segundo...
ü Até
o final de seu conto, o leitor deverá encontrar respostas para: o quê?, quem?,
como?, quando?, por quê?, e então...
ü Antes
de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a
autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido,
se as frases e os parágrafos estão bem ligados), se os fatos obedecem a uma
sequência cronológica e não se atropelam, se não há repetições nem sobra de
palavras, se a ortografia, a pontuação, a acentuação gráfica e os plurais estão
corretos.
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