A LITERATURA DE CORDEL, como
a conhecemos, foi trazida pelos portugueses. Nos séculos 12 e 13, os trovadores
portugueses cantavam versos em feiras livres, por meio dos quais se espalhavam
histórias da comunidade, reclamações, denúncias, galanteios etc. As cantigas, como
se chamava a poesia daquela época, eram manuscritas, e prestavam-se, de modo
simples, à comunicação com o povo, em grande parte, analfabeto.
No Brasil, por volta do século 18, a literatura de cordel popularizou-se
por meio dos repentistas, ou seja, dos poetas violeiros que sabiam improvisar
versos rimados, a partir de um tema sugerido pelo povo, misturando-os ao toque
da viola.
Cordel e Repente são, hoje, duas
manifestações populares e culturais distintas: o repente, feito pelos
repentistas, é poesia de improviso, geralmente, cantada em praça pública, pelo
próprio repentista violeiro. Já o cordel, feito pelos cordelistas, é poesia
composta para leitura (e não, necessariamente para recitação em público),
divulgada em folhetos/livretos, pendurados em cordas (varais) – daí o nome
“cordéis”. Essa é a forma de exposição e comercialização da literatura de
cordel.
Cultura: A literatura de cordel é de grande importância para
a cultura brasileira, uma vez que resgata e salvaguarda a identidade e o
folclore regionais. Aqui no Brasil, destacam-se cordelistas, sobretudo, nos
estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte e Ceará.
Tema: Assim como outros
poemas narrativos, o cordel é composto a partir de um tema, que pode ter um
viés lírico, social, político, ambiental etc.; há personagens que vivem a
trama, em determinado tempo e espaço.
Forma: Os cordéis, apesar
de incorporar linguagem e temas populares, têm, geralmente, estrutura rígida de
estrofação, métrica e rima.
Leia o trecho do cordelista Bráulio Bessa, recolhido de “Redes sociais”:
IMPORTANTE: Quem pretende escrever literatura
de cordel precisa ler... literatura de cordel!
CONTEXTUALIZAÇÃO: A matéria abaixo é o ponto de
partida para a atividade:
COMANDO: Você deverá explorar o contexto acima para compor o
CORDEL mais criativo de todos os
tempos! Componha de 4 a 6 estrofes – se for preciso, releia as instruções
acima. Atribua um título ao cordel. Não economize criatividade!