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EFAF - EDITORIAL - SUPERVALORIZAÇÃO DE PETS
EDITORIAL - EF ANOS FINAIS
SUPERVALORIZAÇÃO DOS PETS
EDITORIAL
ID: HLM
Texto I
Brasil já conta com mais
cachorros do que crianças nas casas
Segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2015, em nosso país,
44,3% dos domicílios das áreas urbanas e 65% das áreas rurais contam com pelo
menos um cão, em contraste com o número de crianças, que, nas cidades, não
passa de 38,1%. Ou seja, de modo geral, há mais cães de estimação do que
crianças nos lares brasileiros. (...) Segundo a médica veterinária Vânia Plaza
Nunes, diretora técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, os
brasileiros convivem, atualmente, com 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos,
que são "animais com alto potencial biológico e reprodutivo". Mas, o
número de bichos de estimação no país pode ser ainda maior, porque a pesquisa
do IBGE não contempla os animais abandonados. (...) Conforme Vânia Nunes, a
falta de políticas públicas eficazes afeta não só os animais, mas também os
humanos, comprometendo a vida em sociedade. Entre outros males, ela cita os
acidentes de trânsito; a reprodução descontrolada; o abandono de animais mortos
em locais públicos; além do risco de zoonoses (doenças comuns entre pessoas e
animais); problemas com lixo; e sofrimento animal e humano. Outra consequência,
abordada pela também veterinária Flávia Quadros, diz respeito aos profissionais
que lidam diretamente com animais. Segundo ela, muitos trabalhadores que
exercem funções envolvendo matança de animais adoecem com problemas
psicológicos e, com frequência, recorrem ao abuso de álcool e drogas.
Disponível em:
https://www.revistaencontro.com.br/canal/atualidades/2017/11/brasil-ja-conta-com-mais-cachorros-do-que-criancas-nas-casas.html
Texto II
O mundo moderno,
conectado, rápido, de muito trabalho e menos tempo livre, vem trazendo
consequências no modo de vida das pessoas e na composição das famílias. Na
década de 1960, as famílias brasileiras tinham, em média, seis filhos.
Atualmente, a média cai para 1,7, de acordo com um estudo do Fundo de População
das Nações Unidas (UNFPA), divulgado em 2018. Em contrapartida à redução do
número das pessoas nas famílias, o ser humano encontra nos animais de companhia
uma solução para preencher a casa. No Brasil não é diferente. Segundo levantamento
da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação
(Abinpet), já temos a quarta maior população de pets, com mais de 52 milhões de
cães e 22 milhões de gatos, além de outros animais que ocupam espaços
importantes nos lares das pessoas. Não é por acaso que, em muitos casos, os
animais de estimação se tornaram personagens importantes das famílias. “É meu
filho!”, ouvimos dizer com maior frequência dos tutores, que é o termo que
gradativamente vem substituindo os “donos”, graças à crescente “humanização”
dos pets. Todo esse apego aos animais agita um mercado bilionário que, em 2018,
movimentou R$ 35 bilhões em vendas de produtos e serviços, segundo o Instituto
Pet Brasil. Para atender às exigências das pessoas, a indústria do setor vem se
desenvolvendo em ritmo acelerado, oferecendo inúmeras novidades, desde vacinas
e medicamentos com tecnologia de ponta, passando por alimentos balanceados até
acessórios diferenciados que, em muitos casos, remetem ao estilo de vida dos
humanos. Hoje, por exemplo, é possível encontrar facilmente tratamentos para os
pets que até então eram só oferecidos às pessoas, como acupuntura,
fisioterapia, medicina chinesa, etc. São tantas as opções que os tutores podem
optar por fazer plano de saúde para o pet, home care, taxi dog e hair style (os
especialistas em penteados para cães e gatos).
AHMED, Alvarez. Disponível em: https://www.boehringer-ingelheim.com.br/quem-somos/conexao-com-executivos/humanizacao-dos-pets-um-grande-mercado.
Acesso em 9.ago.2021.
COMANDO: Você
deverá escrever um EDITORIAL sobre o tema: A SUPERVALORIZAÇÃO DOS PETS*. Escreva entre 25 e 30 linhas.
*Pets
são animais de estimação, geralmente domésticos, escolhidos para o convívio com
os seres humanos, haja vista o fato de serem companheiros afetuosos.
SÓ PARA LEMBRAR...
O EDITORIAL é um texto de caráter expositivo-argumentativo, veiculado em jornais e revistas. O editorialista (quem escreve o editorial) focaliza um tema atual e polêmico, de viés político, econômico, social, educacional etc., a partir do qual firma suas argumentações. O Editorial surge nas primeiras páginas do jornal ou da revista, explorando, geralmente, a matéria da capa.
Como fazer um EDITORIAL?
. O texto é breve – aproximadamente, 25 linhas.
. A linguagem depende do público-alvo – é preciso considerar, entre outros aspectos, o caráter da revista/jornal (científico, religioso, jurídico, político etc.) e, consequentemente, a faixa etária dos leitores.
. A estrutura segue a dos demais gêneros de caráter dissertativo: apresentação do tema, tese, discussão e conclusão.
. É escrito, preferencialmente, na 3.ª pessoa do singular.