CAROLINA DE JESUS
HISTÓRIA EM QUADRINHOS
ID: HAL
Você já sabe, mas não custa lembrar...
Histórias podem ser contadas por diferentes maneiras, entre as quais citamos: livros, filmes, desenhos, mímicas, cantigas, encenações e também por meio da sequência de quadrinhos – a esse gênero textual chamamos “HQ” – História em Quadrinhos. O profissional que compõe os quadrinhos é o quadrinista. Maurício de Sousa, o pai da Turma da Mônica, é referência na criação de HQs.
Como toda narrativa, a HQ contempla enredo, personagens, tempo e lugar. As personagens são estáveis, quer dizer, uma vez apresentadas e conhecidas do público leitor, não é preciso apresentá-la em todas as HQs. Por exemplo: os leitores da Turma da Mônica já sabem que o Cascão não toma banho, que a Magali é comilona, que a Mônica é mandona etc.
Os quadrinhos exploram, numa sequência lógica/cronológica, cenas vividas pelas personagens, que falam por meio da escrita nos balões, os quais podem variar de tamanho e formato, colaborando com o sentido da mensagem: há balões que indicam sonho, chuva, estrondo e até mesmo os vazios, que indicam silêncio. As HQs contêm título.
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Outra aliada do quadrinhista é a onomatopeia, a figura de linguagem que consiste em reproduzir, com a palavra escrita, ruídos (poff!; pá!; chuá, chuá!; blém! etc.), “vozes” de animais (miau; cocoricó; au, au etc.) e outros sons que podem ser escritos, muitos deles, inclusive, já dicionarizados (atchim; hummm; tique-taque; pingue-pongue; tum-tum etc.).
Percebemos então que, muito embora o enredo seja curto, o quadrinhista pode contar com a linguagem verbal (palavras escritas) e a não verbal (imagens que materializam contexto e características das personagens – tristes, irritadas, ansiosas etc.), as linhas de movimento (ou linhas cinéticas), o que rendem uma leitura rápida, levando ao leitor entretenimento, informação, ironia e até criticidade.
Tais como acontecem nos demais gêneros narrativos, situações de conflito, que encaminham ao clímax e, consequentemente, ao desfecho fazem parte da HQ. Além disso, há finais abertos bem criativos – aliás, a criatividade é algo que não pode faltar na HQ.
Situações cotidianas, atuação de super-heróis, releitura de clássicos da literatura e recortes históricos são muito explorados pelos quadrinhistas.
LEITURA:
Filha de Carolina de Jesus sobre a mãe:
"Ela era culta até para dar bronca"
A escritora Carolina Maria de Jesus
Imagem: Norberto/Acervo Última Hora/Folha Imagem
"Minha mãe queria que
eu propagasse sua obra, não deixasse que seu nome fosse esquecido", diz
Vera, em entrevista a Universa. Ela diz estar "aflita" para que todo
mundo veja a grandiosidade de Carolina, para além de "Quarto de
Despejo", sua obra de maior repercussão. Verá está refazendo os passos da vida da mãe
para recuperar manuscritos espalhados pelo país. (...) Vera lembra que, quando
iniciou o processo de alfabetização na escola, já sabia ler. "Por causa da
minha mãe. A gente conversava muito. Não tínhamos comida, não sabíamos quando
íamos ter, então era muita conversa, ela tocava violão, dançava, para tentar entreter a gente", diz.
Disponível em: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/08/05/filha-de-carolina-de-jesus-60-anos-apos-quarto-de-despejo-pouco-mudou.htm.
Acesso em 10.fev.2023.
COMANDO: Para sua HQ,
você deverá compor, no mínimo, seis quadrinhos, que focalizem a matéria acima,
em especial o que disse a filha de Carolina de Jesus: “Ela era culta até para
dar bronca!”
Para isso,
você deverá utilizar a linguagem verbal e a não-verbal, além de linhas de
movimento (ou linhas cinéticas), onomatopeias, metáforas visuais, interjeições
e balões de formatos diversificados.