A RESENHA CRÍTICA é uma abordagem analítica acerca de um objeto cultural: um poema, um livro, uma apresentação de balé, uma exposição de arte, uma partida de futebol, um filme etc.
Criticar é "falar mal"?
Abordar criticamente é opinar, é apresentar problemas e qualidades, pontos negativos e positivos que o resenhista julgar importante destacar. Portanto, a RESENHA não deve apenas apontar falhas (quando houver), mas deve também tecer elogios, pontos fortes da obra analisada.
É muito comum jornais de grande circulação veicularem lançamento de livros, e, para tanto, o trabalho do resenhista é indispensável – a RESENHA tem a finalidade de apresentar determinada obra.
A boa RESENHA, além de fornecer uma síntese do assunto, apresenta o maior número de informações sobre o trabalho – fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e de algumas relações intertextuais, darão ao leitor/espectador os requisitos mínimos para que ele se oriente – esse é o objetivo da resenha: orientar o público consumidor daquele objeto cultural.
A resenha deve contemplar, o quanto possível:
1) Breve apresentação do autor do objeto cultural a ser resenhado;
2) Apresentação do objeto cultural - título, gênero, ano da publicação etc.;
3) Avaliação crítica – a composição da trama (história), o contexto sociopolítico em que foi criada/escrita/lançada etc.;
4) Outras impressões do resenhista;
5) Aconselhamento do resenhista acerca daquele objeto cultural – o resenhista o recomendaria?; a que tipo de público?; por quê?
COMANDO: O poema a seguir, de Manuel
Bandeira, é a base para a produção
de uma RESENHA CRÍTICA.
Sobre
o poeta: Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu em
Recife, no dia 19 de abril de 1886. Filho de intelectuais, Bandeira mudou-se
para o Rio de Janeiro ainda jovem, onde mais tarde ingressou na Faculdade de
Arquitetura. Contudo, sua trajetória como arquiteto foi interrompida pela
tuberculose, doença que marcou sua vida e obra. Após o diagnóstico, Bandeira
passou por diversos hospitais, constatou-se que a cura da doença era bastante
incerta. A estada, por longo tempo, em hospitais e a constante proximidade com
a morte influenciaram profundamente sua poesia, trazendo temas como a
efemeridade da vida, a simplicidade e a aceitação do destino. Bandeira é
considerado um dos precursores do Modernismo no Brasil. Destacou-se também como
crítico literário, cronista e tradutor. O poeta faleceu no dia 13 de outubro de
1968, no Rio de Janeiro, deixando um legado inestimável para a literatura
brasileira, caracterizado por indiscutíveis sensibilidade, simplicidade e
profundidade em sua produção poética.