O MINICONTO,
como o próprio nome antecipa, é um conto pequeno - geralmente, há os mesmos elementos
do conto tradicional: enredo, narrador, personagens, tempo e espaço. Para a construção
dos minicontos, é preciso pensar em cenas/situações simples, vividas por uma ou
duas personagens, com uma única ação central.
Orientações
importantes:
1. Para minicontistas iniciantes recomenda-se obedecer,
o quanto possível, a esta sequência: apresentação da personagem, complicador,
clímax e desfecho.
2. Desfechos abertos, secos e impactantes são
características dos bons minicontos – isso instiga o leitor a, ele próprio,
imaginar o final da trama.
3. Bons minicontistas costumam criar títulos
sugestivos, que acenem, sutilmente, ao desfecho da história.
4. O humor, o trágico e o surpreendente são
explorados, a partir de situações comuns, extraídas do cotidiano – isso faz com
que o leitor se identifique com cenas conhecidas e até vividas por ele.
5. Para os minicontos de humor, é preciso muito
cuidado: minicontos não são piadas. O humor há de ser leve e refinado.
6. O vocabulário deve ser simples e bem
selecionado, próprio para uma leitura rápida.
Leia o miniconto “Um sorriso amarelo”, de Gislaine
Buosi, e perceba que contém os mesmos elementos de um conto tradicional:
Ao abrirem as marmitas, os operários da construção da igreja encontraram
feijão, arroz e ovos cozidos – ou melhor, claras cozidas. Algum
“canário-da-terra” tinha bicado as gemas. O “canário” foi descoberto quando,
durante o almoço, alguém contou uma piada e, em meio às gargalhadas, perceberam
o sorriso largo e amarelado de Valentim. Tudo isso rendeu assunto até o final da tarde!