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EM - COMENTÁRIO CRÍTICO - APAGÃO DE PROFESSORES NO BRASIL

COMENTÁRIO CRÍTICO - EM

APAGÃO DE PROFESSORES

COMENTÁRIO CRÍTICO

ID: JI9


COMANDO: Imagine que você, ao final da leitura do material de apoio abaixo, decida escrever um COMENTÁRIO CRÍTICO em torno da possibilidade de o Brasil, até 2040, enfrentar o apagão de professores. Nesse comentário você deverá registrar uma síntese do assunto e posicionar-se sobre ele.

Texto I

O apagão de professores no Brasil está gerando uma crise sem precedentes na  educação básica do país. A escassez de docentes qualificados compromete a qualidade do ensino e ameaça o futuro da educação.

A falta de professores tem diversas causas, entre elas:

Baixa atratividade da profissão docente: Baixos salários, condições de trabalho precárias e jornadas exaustivas desmotivam novos profissionais a ingressarem na docência. A falta de incentivos financeiros torna a carreira menos atrativa em comparação a outras profissões com requisitos semelhantes de qualificação.

Alta Evasão em Cursos de Licenciatura: Mais de 50% dos estudantes abandonam os cursos de licenciatura antes de concluí-los. A elevada taxa de evasão é frequentemente atribuída à falta de recursos, infraestrutura inadequada e perspectivas de carreira limitadas, desestimulando os futuros professores a permanecerem na formação.

Falta de Investimento na Educação: A insuficiência de recursos financeiros compromete tanto a qualidade da formação dos professores quanto as condições de trabalho nas escolas. A falta de investimento adequado dificulta a melhoria da infraestrutura escolar e a implementação de programas de capacitação contínua para docentes.

Estatísticas Alarmantes sobre o Apagão de Professores: A gravidade da crise de falta de professores no Brasil é revelada por dados alarmantes. No Maranhão, em 2021, apenas 7% das vagas para professores de artes no ensino fundamental II foram preenchidas, enquanto em Pernambuco, mais de 60% das aulas de física no ensino médio eram ministradas por docentes sem a especialização necessária. A situação se repete no Tocantins, onde somente 5% das vagas para professores de sociologia foram ocupadas. Em São Paulo, por exemplo, grande parte dos professores em sala de aula são temporários.

A dimensão do problema se estende à formação de novos professores. Das 2,8 milhões de vagas ofertadas em cursos de licenciatura em 2021, apenas 300 mil foram preenchidas, resultando em um déficit de 2,5 milhões de vagas. Essa escassez na formação de novos docentes agrava ainda mais a crise, comprometendo a perspectiva de melhoria no futuro próximo.

A crise do apagão de professores no Brasil exige uma resposta urgente e coordenada entre governo, instituições de ensino e sociedade civil. Sem intervenções eficazes, a qualidade da educação brasileira continuará a sofrer, comprometendo o desenvolvimento das futuras gerações.

Disponível em: https://www.pebsp.com/crise-na-educacao-brasil-vive-um-verdadeiro-apagao-de-professores-qualificados/. Adaptado. Acesso em 22.out.2024.


Texto II


PROPOSTA DE REDAÇÃO: A pVocê já sabe, mas não custa lembrar:

COMENTÁRIO CRÍTICO FORMAL pertence ao discurso jornalístico opinativo. Costuma ser mais rápido e mais econômico que o Artigo de Opinião, e diferencia-se dele porque, em geral, o Comentário parte de um texto base – o que, a rigor, não acontece com o Artigo. O gênero Comentário pressupõe um diálogo entre dois ou mais textos. É preciso esclarecer que “criticar” significa fazer considerações positivas e negativas acerca de um fato/evento. Isso se estende ao comentário – uma peça crítica por natureza.

 

Como fazer um COMENTÁRIO CRÍTICO?

Ainda que a estrutura textual de um comentário seja bastante flexível, é preciso que o comentarista, depois de lido atentamente o texto base, mencione o nome do autor do texto base e faça uma síntese do assunto.


Por exemplo: O professor Carlos de Tal afirmou, em entrevista ao Jornal XXX, da quinta-feira (19/2), que a redução da maioridade penal é imprescindível no Brasil do século 21...


Em seguida, o comentarista posiciona-se (tese):

Ocorre que, a meu ver, o colega está equivocado, uma vez que a redução da maioridade penal não é o mecanismo eficiente para a diminuição da criminalidade, conforme apontam estudos...


Logo após, há, efetivamente, o comentário – ou seja, o registro das percepções do comentarista, que pode se valer não só do julgamento dos fatos expostos, mas também das respectivas projeções/consequências. O comentário é, geralmente, escrito na primeira pessoa do singular e é assinado.

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