EM - DISSERTAÇÃO - MODELO PUC - AUTONOMIA DO IDOSO
PUC - DISSERTAÇÃO
DISSERTAÇÃO MODELO PUC – ID:
JHA
AUTONOMIA DA PESSOA IDOSA
Texto I
O perfil da
nova geração de idosos brasileiros está bem diferente daquelas pessoas que
alcançavam essa idade nas décadas passadas. Nesse sentido, prezar pela
autonomia do idoso torna o envelhecimento mais saudável e ativo e ainda
possibilita mais qualidade de vida para esse grupo. A velhice pode ser a etapa
mais longa da vida de um ser humano. Por isso, quem vive com saúde tem a
oportunidade de pensar em novos projetos de vida, de reinventar a própria
história e dar novos significados à sua existência. (...) É preciso diferenciar
o conceito de autonomia de independência. A primeira é a capacidade de decisão,
de poder garantir o comando da própria vida. Por sua vez, ser independente é
conseguir fazer algo sozinho, com seus próprios meios, e sem a necessidade de
contar com o auxílio de outras pessoas. Assim, ter autonomia é ser protagonista
de sua história, ter capacidade de direcionar a vida positivamente e assumir o
poder de tomar decisões importantes, sem precisar delegar a outros esse poder.
Esse princípio é essencial à manutenção do bem-estar, da saúde e da promoção da
qualidade de vida na terceira idade. No Brasil, o crescente envelhecimento da
população está remodelando a nossa pirâmide etária e traz grandes desafios. Com
essa nova configuração demográfica, presenciamos um momento muito singular de
nossa história. A participação cada vez mais ativa desses atores sociais idosos
contribui, de modo mais efetivo, para o fortalecimento da economia brasileira.
Eles têm participação ativa na renda familiar, atuam em diferentes programas
educativos, de lazer, esportivos e culturais e em outros espaços com atividades
voltadas para essa faixa etária.
Brasil não
se preparou para cuidar da população idosa, diz gerontóloga
O Brasil não
se preparou para o envelhecimento da população e não tem estrutura adequada
para garantir dignidade e autonomia aos idosos (...). Um dos reflexos da falta
de condições adequadas de moradia e de sobrevivência são os episódios de
agressão aos mais velhos. De acordo com ela, não faltam políticas brasileiras
para garantir o bem-estar do idoso. No entanto, leis como a Política Nacional
do Idoso, de 1994, e o Estatuto do Idoso, de 2003, não foram colocadas em
prática pelos governos municipais, estaduais e federal. “No Brasil, o arcabouço
legal é avançado, mas o país envelheceu sem estar preparado”, disse Maria
Angélica, pesquisadora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
(...). Segundo ela, países europeus, como a França, desenvolveram políticas
para evitar o abandono e garantir o mínimo de autonomia para os mais velhos. Em
Paris, por exemplo, a prefeitura paga cuidadores para visitá-los todos os dias
em suas próprias casas e ajudar em tarefas básicas. Enfermeiros também visitam
os idosos e dão atendimento em saúde, evitando o deslocamento para hospitais e
a ida para instituições de longa permanência. A pesquisadora sugere que, no
Brasil, além da ajuda para o idoso continuar morando sozinho, deveriam ser
criadas mais unidades com profissionais de várias áreas, onde as famílias
pudessem deixar os idosos de dia e buscar a noite, os chamados “centros-dia”.
(...). Na opinião dela, essas opções desafogam as superlotadas instituições
públicas de longa permanência, cuja maioria não tem infraestrutura adequada.
“As instituições filantrópicas mais baratas são mal equipadas, têm equipes
despreparadas, algumas são mantidas por instituições religiosas que não têm
muitos recursos, e a situação é lastimável”, concluiu.
PROPOSTA DE
REDAÇÃO: Considerando
os textos acima, escreva uma dissertação argumentativa sobre o tema: “Saúde, reconhecimento
e cuidado – pressupostos para a autonomia da pessoa idosa”.