Com o acesso cada vez mais fácil à internet, tem sido difícil manter a privacidade e a segurança. Nesse cenário, o stalking está cada vez mais presente. Esse ato de perseguir alguém, de forma persistente e incessante, ocorre geralmente quando um indivíduo cria uma obsessão por outro e passa a persegui-lo virtual ou presencialmente. Quando isso acontece, o perseguidor (chamado de stalker) passa a monitorar constantemente o perseguido, coleta informações sobre ele e o cerca em vários espaços. “Se a vítima publica uma foto na internet e marca onde e com quem está, informa quem está aguardando essas informações”, aponta Afonso Morais, advogado especializado em cobrança e direito do consumidor. O ato pode parecer simples, mas fornece dados sobre horários, amigos, familiares, preferências e assim por diante. Por isso, todo o cuidado é pouco quando se trata de golpes, fraudes e outros crimes: eles podem começar nas redes sociais e se tornarem reais e perigosos.
Stalking é crime
Morais destaca que, desde 31 de março de 2021, está em vigor a Lei nº 14.132/21. Com ela, a perseguição se tornou crime, incluído no artigo 147-A do Código Penal, punível com reclusão de 6 meses a 2 anos mais multa a ser fixada pelo juiz. E se o delito for cometido contra criança, adolescente, idoso, mulheres ou executado por duas ou mais pessoas, a pena pode aumentar.
É comum, ainda, que o stalker seja conhecido da vítima: um parceiro, um ex-companheiro, um colega de trabalho, um vizinho ou similar. O stalker também pode ser um desconhecido que desenvolveu um amor platônico pela vítima.
A expressão “stalkear” às vezes é usada em
toma mais leve, para se referir à prática de bisbilhotar os posts de pessoas e acompanha-las
de perto nas redes sociais. Acontece que, em alguns casos, essa procura se
torna uma obsessão e vira a vida das vítimas de cabeça para baixo.
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2021/07/16/mudei-de-endereco-para-ter-paz-os-relatos-de-vitimas-de-stalking-que-agora-pode-dar-3-anos-de-prisao.ghtml.
Acesso em 9.mai.2022.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: Imagine que você tenha sido vítima
da atuação de um stalker e que, por conta disso, sua vida tenha “virado de
cabeça para baixo”, conforme pontuou o redator do G1. Registre, num RELATO, sua
experiência a partir desse episódio.