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EM - RESUMO - MODELO UFU - TARTARUGAS MARINHAS
UFU - RESUMO
TARTARUGAS MARINHAS
RESUMO
MODELO UFU
ID: H97
Leia com atenção todas as instruções:
. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá
deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Escreva
o título no lugar apropriado na folha de prova.
. Se a estrutura do gênero exigir assinatura, escreva, no lugar da
assinatura: JOSÉ ou JOSEFA. Em hipótese nenhuma escreva seu nome, pseudônimo,
apelido etc. na folha de prova.
. Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. Não copie
trechos dos textos motivadores.
ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as
relativas do tema, sua redação será penalizada.
Texto-base:
A
comunicação secreta das tartarugas marinhas e outros animais
Gabriel
Jorgewich-Cohen diz que suas gravações de 53 espécies marinhas mudam o que
sabemos sobre a evolução dos sons
Um
cientista estudou 53 criaturas aquáticas que, segundo se acreditava, não
emitiam sons. E ele descobriu que, na verdade, elas conseguem se comunicar. Gabriel
Jorgewich-Cohen indica que essas criaturas sempre emitiram suas mensagens, mas
os seres humanos nunca haviam pensado em ouvi-las. Ele usou microfones para
gravar as espécies, incluindo tartarugas, comunicando que queriam acasalar-se
ou que estavam saindo dos seus ovos. E suas descobertas reescrevem parte do que
sabemos sobre a evolução. Elas indicam que todos os vertebrados que respiram
pelo nariz e usam o som para comunicar-se descendem de um ancestral comum, que
viveu 400 milhões de anos atrás. Existe forte debate na biologia evolutiva para
descobrir se as coisas vivas descendem de um único ancestral ou de diversas
origens diferentes. Jorgewich-Cohen é estudante de PhD da Universidade de
Zurique, na Suíça, e começou a trabalhar com a hipótese de que os animais
marinhos poderiam comunicar-se usando o som. Ele empregou equipamento de som e
vídeo para gravar 53 espécies em cativeiro em todo o mundo, incluindo o
zoológico de Chester, na Inglaterra. Elas incluíram 50 tartarugas, um tuatara,
um peixe-pulmonado e uma cobra-cega. Acreditava-se que esses animais não
emitissem sons, mas Jorgewich-Cohen sugere que eles só não foram ouvidos por
que é difícil detectá-los. "Conhecemos o canto de um pássaro. Você não
precisa de ninguém para saber o que é. Mas alguns desses animais são muito
silenciosos ou emitem um som a cada dois dias", explicou ele à BBC News.
Jorgewich-Cohen também sugere que os seres humanos têm preferência pelas
criaturas que vivem em terra e, por isso, ignoram as espécies aquáticas. Vídeos
dos animais gravados quando eles emitem ruídos permitiram a ele associar os
sons a determinados comportamentos, diferenciando-os de sons acidentais que não
transmitiam mensagens. "As tartarugas marinhas cantam de dentro dos ovos
para sincronizar a eclosão", ele conta. "Se elas chamarem de dentro
[dos ovos], todas elas saem juntas e é mais fácil evitar que sejam
comidas." O pesquisador afirma que as tartarugas também fazem ruídos para
indicar que querem acasalar-se. Ele indica vídeos de sons de acasalamento das
tartarugas que são populares nas redes sociais. Jorgewich-Cohen também gravou
ruídos emitidos por tuataras, uma espécie de réptil da Nova Zelândia — para
proteger seu território. Ele então começou a analisar o que a descoberta revela
sobre a evolução dos animais que emitem sons. A técnica compara o comportamento
de uma espécie, mapeando-a como em uma árvore genealógica. Se, por exemplo, um
ser humano e um chimpanzé se comportarem fazendo ruídos, isso sugere que o ancestral
comum às duas espécies também produzia sons. O pesquisador concluiu que toda a
comunicação acústica dos vertebrados descende de um ancestral comum, 400
milhões de anos atrás - no período devoniano, quando a maioria das espécies
vivia embaixo d'água. Esta conclusão contradiz pesquisas recentes que
rastrearam a comunicação por som a diversas espécies diferentes, 200 milhões de
anos atrás. A bióloga Catherine Hobaiter, que não fez parte da pesquisa,
afirmou à BBC News que as gravações dessas 53 espécies foram bem recebidas e
aumentam nosso conhecimento sobre a comunicação acústica. "Comparar
espécies como chimpanzés e seres humanos só nos leva até poucos milhões de anos
atrás", explica ela. "Precisamos observar como as características comuns
entre parentes muito mais distantes ampliam nossa compreensão até centenas de
milhões de anos atrás." A pesquisa foi publicada na revista científica
Nature Communications.
RANNARD
Gabriel. Disponível em: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/bbc/2022/10/27/a-comunicacao-secreta-das-tartarugas-marinhas-e-outros-animais.htm.
Adaptado. Acesso em 5.dez.2022.
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