O universo online é
um mundo em que se reproduz conteúdo sem filtro. Nas famílias, desperta a
atenção sobre o cuidado que é preciso ter com o acesso de crianças e adolescentes
aos conteúdos disponíveis nas redes. Somado a isso, temos uma geração de
crianças que praticamente já nascem conectadas e, consequentemente, aproveitam de
todos seus benefícios da net, apesar de ficaram expostas a muitos riscos. Isso
é ainda mais evidente durante as férias escolares, período em que crianças e
adolescentes estão com mais tempo livre e acessam seus dispositivos com mais
frequência. Para aumentar a proteção e minimizar as ameaças, o controle
parental ou controle dos pais é um bom aliado.
Mas o que isso
significa?
Quer dizer que é possível utilizar a tecnologia em favor dos pais,
para ajudar a preservar as crianças dos riscos da internet. O controle parental
é um conjunto de recursos de segurança disponível em diversos sistemas
operacionais, sites e equipamentos, como roteadores e consoles de jogos; os
dispositivos podem ser instalados por meio de aplicativos pagos ou gratuitos.
Estas ferramentas de segurança são adequadas para bloquear ou limitar acesso a determinados
conteúdos, a critério dos pais, além de monitorar a localização dos filhos.
https://blog.intelbras.com.br/controle-parental-como-a-tecnologia-melhora-a-protecao-online/.
Adaptado. Acesso em 30.ago.2022.
Texto II
O Google acaba de
lançar, para "quase todos os países do mundo", inclusive o Brasil, o
Family Link - que, no ano passado, já havia sido disponibilizado nos Estados
Unidos. O aplicativo, para sistemas Android e iOS, permite ter um controle
quase total do que as crianças fazem no celular (...). Os pais podem,
remotamente e em tempo real, bloquear e desbloquear as páginas que as crianças
podem ver. Isto foi alvo de críticas por aqueles que consideraram uma forma de
vigilância excessiva.
Outros apontaram o
limite de 13 anos de idade para este tipo de controle. "Aos 13 anos, a
criança 'formada', como o google a chama, se liberta das restrições. Obtém as
chaves do reino da internet e tudo de bom e ruim que vem com ela",
escreveu o correspondente de tecnologia do jornal americano The New York times,
Brian X Chen.
Celulares e
crianças: recomendações - Independentemente
da sua escolha sobre aderir ou não às ferramentas de controle parental, veja
abaixo outros conselhos que vão ao encontro deste objetivo:
. Navegar juntos:
Compartilhe momentos online com seu filho e converse com ele sobre o uso da
tecnologia.
. Filtros de
conteúdo: Tenha em conta que eles são úteis, mas não bloqueiam todo o conteúdo
perigoso.
. Tempo
equilibrado: Controle o tempo que se passa na internet e evite a dependência
nas telas.
. Cuidado com a
privacidade: Mantenha uma relação de confiança com seus filhos.
ESTATUTO DA CRIANÇA
E DO ADOLESCENTE (ECA) - Lei nº 8.069, de 13 de Julho de 1990
Art. 100. Na
aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas,
preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e
comunitários.
Parágrafo único.
São também princípios que regem a aplicação das medidas:
[...]
V - privacidade: a
promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente deve ser efetuada
no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada.
[...]
Texto IV
No Brasil, a
relação de crianças e adolescentes com a Internet é abalizada pela fácil
conexão e pela mobilidade no acesso às redes de comunicação, principalmente por
meio do uso do celular e smartphones. Ao mesmo tempo em que a Internet proporciona diferentes
possibilidades para o intercâmbio entre as pessoas, ela pode provocar o acesso
de crianças e adolescentes – quando não orientados - aos conteúdos inadequados
e às pessoas dispostas a causar inúmeros
riscos e danos. A pesquisa sobre o uso da Internet por crianças e adolescentes
no país, a TIC KidsOnline Brasil, que considerou crianças e adolescentes de 9 a
17 anos, revelou que 86% eram usuários da Internet e que 93% deles utilizavam o
telefone celular para acessar a Internet. A TIC KidsOnline Brasil também evidenciou
o aumento na realização de atividades multimídia por crianças e adolescentes.
Em 2018, 83% da população investigada reportaram ter assistido a vídeos,
programas, filmes ou séries online. Pela primeira vez na série histórica do
estudo, essas atividades passaram a ser as mais frequentes entre as crianças e os
adolescentes, superando pesquisas na Internet para trabalhos escolares (74%) e
o envio de mensagens instantâneas (77%). Segundo os resultados da pesquisa, a
frequência de uso da Internet por crianças e adolescentes de 9 a 17 anos é
crescente no país. (...) Neste cenário, para o uso seguro de redes sociais, a
presença e acompanhamento de pais e responsáveis são de extrema relevância e
possuem papel substancial nesse processo. A forma como guiam, orientam, controlam
e estimulam o uso da Internet por crianças e adolescentes repercute na maneira
como esses indivíduos realizam e se responsabilizam por atividades online. Como
sabemos, a infância e a adolescência são fases de desenvolvimento e
fortalecimento de valores e condutas, e tudo o que acontece em seus núcleos
familiares tornam-se referências em suas vidas, diante de qualquer situação,
sendo assim, referências são primordiais nesses processos. Deste modo, o uso
seguro da rede pressupõe papel ativo de pais e responsáveis em orientar e
acompanhar as práticas de crianças e adolescentes para garantia do bem-estar
dessa população no ambiente digital, promovendo a escolha por aplicativos que
tenham como princípios a segurança.
PROPOSTA DE
REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma
padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Controle parental no uso das tecnologias
digitais: limite entre cuidado e invasão da privacidade”. Apresente a
proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.