Disponível
em: https://g1.globo.com/saude/noticia/2024/02/07/diretor-geral-da-oms-diz-que-surto-de-dengue-no-brasil-faz-parte-de-grande-aumento-em-escala-global-da-doenca.ghtml.
Acesso em 12.abr.2024.
Texto II
A dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti, é também consequência da desigualdade que se alastra nas camadas mais
vulneráveis da população. Epidemias em geral frequentemente surgem e se
intensificam em cenários de pobreza, onde a infraestrutura básica de saneamento e a gestão adequada de resíduos são insuficientes. Nesses locais, o
acúmulo de água parada — cenário perfeito para a proliferação do mosquito — é
mais comum, o que aumenta o risco de transmissão da doença. Diante deste
cenário, o Estado chama para si a responsabilidade, garantida de Constituição
Federal, de assegurar o direito à saúde para todos. A prevenção e o combate à
dengue devem ser prioridades das políticas públicas, que precisam avançar – campanhas
educativas já não é suficiente. A situação exige enfretamento das raízes do
problema, com em não só na infraestrutura de base, como também em programas de
assistência social e econômica que possam mitigar os fatores de risco
associados à pobreza. A sociedade civil, por sua vez, deve se engajar nessa
luta, exercendo seu papel de vigilância e cobrando ações efetivas dos
governantes. Além disso, o trabalho comunitário e a educação em saúde são
fundamentais para conscientizar sobre a importância de práticas diárias que
evitem a proliferação do mosquito transmissor da dengue. A união de esforços
entre Estado e cidadãos é decisiva para o controle efetivo da doença e para a
promoção de uma sociedade mais justa e saudável.
Gislaine
Buosi
Texto III
Mais de 6 bilhões de pessoas correrão risco de ter
dengue em 2080, diz estudo
Globalmente, número representa 60% da população
mundial projetada para o fim do século 21. Mudanças climáticas e crescimento
demográfico colaboram para o aumento de casos da doença.
No mundo todo, 6,1 bilhões de pessoas correrão o
risco de contrair dengue em 2080 - o equivalente a 60% da população projetada
para o fim do século 21. Segundo estudo publicado na revista científica Nature
Microbiology, os principais fatores que explicam o fenômeno são o aquecimento
global e o crescimento da população em áreas endêmicas. O mosquito Aedes
aegypti aparece em áreas tropicais e subtropicais. No calor, o período
reprodutivo é encurtado, ele bota mais ovos e pica um número maior de pessoas –
por isso, a elevação das temperaturas pode aumentar a incidência do inseto em
regiões que já registram casos da doença. Além disso, países que não sofrem com
a dengue, mas que registrarão aumento nas temperaturas, também estarão sujeitos
à propagação do vírus.
Como combater o aumento: O estudo faz uma ressalva –
caso os países decidam seguir uma política de crescimento mais sustentável, é
possível frear o aumento dos casos de dengue. Sem a elevação das temperaturas,
o número de pessoas com a doença não chegará aos 6 bilhões, previstos para
2080. Além disso, o prognóstico também pode ser melhor caso haja avanços na
ciência e sejam distribuídas, em larga escala, vacinas seguras contra a dengue.
Disponível
em: https://g1.globo.com/bemestar/dengue/noticia/2019/06/11/mais-de-6-bilhoes-de-pessoas-correrao-risco-de-ter-dengue-em-2080-diz-estudo.ghtml.
Adaptado. Acesso em 12.abr.2024.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio
e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um
texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o
tema: “Epidemia de dengue – uma responsabilidade social e governamental”. Apresente
proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.