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MODELO ENEM - ENVELHECIMENTO E TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

ENEM

POPULAÇÃO IDOSA E TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

MODELO ENEM

ID: I5V



Texto I

Segundo dados do IBGE, de 2022, o Brasil tem hoje 203,1 milhões de habitantes, um avanço de 0,52% ao ano com relação à população de 2010 (190,8 milhões de habitantes). A queda da fecundidade e o aumento da expectativa de vida fazem com que os especialistas se preocupem com “o desperdício do bônus demográfico”: quando o país tem menos pessoas em idade de trabalhar do que crianças e idosos. A tendência é que a parcela da população em idade de trabalhar diminua cada vez mais, enquanto aumenta a de aposentados. A transição demográfica que está acontecendo não é um desafio apenas para o Brasil. A principal característica demográfica do mundo atual é o envelhecimento populacional. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo tinha 1,1 bilhão de indivíduos com 60 anos e mais em 2018 (13% da população total), devendo atingir 2 bilhões em 2047 (21% do total) e podendo saltar para 3,1 bilhões em 2100 (30% do total). Os impactos mais evidentes da transição demográfica são: a diminuição da população economicamente ativa; muito mais aposentados; famílias cada vez menores com menos filhos; menos pessoas morando no mesmo domicílio; mais pessoas morando sozinhas; a demanda cada vez maior dos serviços de saúde com mais pessoas precisando de cuidado, tratamento e atendimento médico; menos trabalhadores recolhendo dinheiro para Previdência Social e mais idosos precisando receber benefícios.

GOLDENBERG, Mirian. Disponível em: https://vogue.globo.com/sua-idade/noticia/2023/07/como-tornar-a-sociedade-mais-acolhedora-para-os-idosos-os-desafios-de-um-pais-que-envelhece-rapidamente.ghtml. ADAPTADO. Acesso em 26.out.2023.



Texto II

O Brasil não se preparou para o envelhecimento da população e não tem estrutura adequada para garantir dignidade e autonomia aos idosos (...). Um dos reflexos da falta de condições adequadas de moradia e de sobrevivência são os episódios de agressão aos mais velhos. De acordo com ela, não faltam políticas brasileiras para garantir o bem-estar do idoso. No entanto, leis como a Política Nacional do Idoso, de 1994, e o Estatuto do Idoso, de 2003, não foram colocadas em prática pelos governos municipais, estaduais e federal. “No Brasil, o arcabouço legal é avançado, mas o país envelheceu sem estar preparado”, disse Maria Angélica, pesquisadora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). (...). Segundo ela, países europeus, como a França, desenvolveram políticas para evitar o abandono e garantir o mínimo de autonomia para os mais velhos. Em Paris, por exemplo, a prefeitura paga cuidadores para visitá-los todos os dias em suas próprias casas e ajudar em tarefas básicas. Enfermeiros também visitam os idosos e dão atendimento em saúde, evitando o deslocamento para hospitais e a ida para instituições de longa permanência. A pesquisadora sugere que, no Brasil, além da ajuda para o idoso continuar morando sozinho, deveriam ser criadas mais unidades com profissionais de várias áreas, onde as famílias pudessem deixar os idosos de dia e buscar a noite, os chamados “centros-dia”. (...). Na opinião dela, essas opções desafogam as superlotadas instituições públicas de longa permanência, cuja maioria não tem infraestrutura adequada. “As instituições filantrópicas mais baratas são mal equipadas, têm equipes despreparadas, algumas são mantidas por instituições religiosas que não têm muitos recursos, e a situação é lastimável”, concluiu.

VIEIRA, Isabela Vieira. Disponível em: http://www.ebc.com.br/noticias/2015/06/brasil-nao-se-preparou-para-cuidar-da-populacao-idosa-diz-geriatra



Texto III

Boa parte do mundo está vivendo a terceira fase da transição demográfica provocada pelo processo de urbanização e industrialização, segundo o professor de geografia Luís Felipe Valle. A vida na cidade é mais cara que no campo e os avanços da medicina proporcionaram tanto a queda de mortalidade quanto a melhoria de métodos contraceptivos. Esses fatores favorecem o planejamento familiar e, junto a inserção das mulheres no mercado de trabalho, contribuíram para a queda da taxa de fecundidade. Ou seja, as famílias passaram a ter menos filhos e isso, a médio e longo prazo, leva o país para um processo de envelhecimento demográfico. Pode-se dizer que o Brasil, em comparação às outras nações do mundo, principalmente na Europa e na América do Norte, está no início de sua terceira idade. (...) O número de filhos por casal é cada vez menor, seja por motivos econômicos, sociais ou até mesmo climáticos – o avanço do aquecimento global, por exemplo, tem diminuído as esperanças das famílias por um futuro para as crianças. E aí surgem as preocupações com o envelhecimento demográfico.

MARQUES, Bárbara. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/educacao/noticia/2023/10/26/vai-cair-veja-como-o-envelhecimento-populacional-pode-ser-abordado-nos-vestibulares.ghtml. Adaptado. Acesso em 26.out.2023.



Texto IV






PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: O envelhecimento da população brasileira e os desafios para a transição demográfica. Apresente proposta de intervenção social que respeite os Direitos Humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 

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