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MODELO ENEM - MODA E SUSTENTABILIDADE

ENEM

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MODA E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

MODELO ENEM

ID: IMV


Texto I

A moda sustentável é uma filosofia que surge em defesa do impacto ambiental, social e econômico da indústria têxtil, com o propósito de não só diminuir o volume de resíduos poluentes, como também de incentivar comportamentos éticos no setor. Essa estratégia visa à fabricação de vestuário duradouro e atemporal, contrariando a tendência de adquirir peças descartáveis em excesso.

A moda sustentável abrange:

Materiais reciclados ou orgânicos: preferência por materiais que têm menor impacto ambiental, como tecidos reciclados ou orgânicos.

Processos de fabricação eficientes: escolha de processos de fabricação que consomem menos energia e água.

Os benefícios da moda sustentável para o meio ambiente incluem:

Menor uso de materiais de origem animal: A moda sustentável busca alternativas aos materiais de origem animal, reduzindo o impacto na fauna.

Redução da poluição do ar, água e solo: Ao adotar práticas mais conscientes, a indústria da moda contribui para um ambiente mais limpo.

Diminuição do desperdício no processo de produção: A moda sustentável visa a otimização dos recursos, evitando o descarte desnecessário.

Menor consumo de água para produzir uma peça: Processos mais eficientes economizam água.

Redução da emissão de gases poluentes: Ao escolher materiais e processos mais sustentáveis, a moda contribui para a redução das emissões de gases prejudiciais.

A produção da moda é responsável por consequências ambientais severas. O setor impõe desafios para a saúde do nosso planeta, desde a extração de recursos naturais até a exploração de ecossistemas, passando pela geração de emissões nocivas, pela contaminação de recursos hídricos e pelo descarte irresponsável de detritos. Nesse contexto, a moda sustentável surge como uma solução imprescindível, com a finalidade de pavimentar o caminho para um futuro mais atento e comprometido com a preservação ambiental.

Gislaine Buosi


Texto II

O destino de milhares de toneladas são aterros sanitários. No litoral de Gana, na África, ou no Deserto do Atacama, no Chile, as roupas empilhadas se tornaram parte do relevo da região. As consequências para o meio ambiente são devastadoras: mesmo as malhas feitas de algodão levam 20 anos para se decompor, enquanto as de materiais sintéticos podem resistir por até 400 anos. Por semana, chegam 15 milhões de restos de tecido e peças de roupa quem chegam em Acra, capital de Gana, vindas da Europa, Ásia e Oriente Médio. Os itens são divididos em fardos, para serem vendidos, de acordo com a qualidade de conservação. Mas só uma parte é realmente negociada. O resto, é despejado nos lixões. (...) No Brasil, são produzidas quase 9 bilhões de novas peças por ano. Isso dá uma média de 42 novas peças de roupa, por pessoa, em 12 meses. Os dados são do relatório Fios da Moda, feito pelo Instituto Modefica e FGV. "Quando você compra roupa, invariavelmente vai se desfazer dela. Seja passando para alguém, seja jogando no lixo ou devolvendo para reciclagem ou reutilização. A partir daí, a cadeia continua, porque você tem o processo de recolher essas peças, transformá-las e inseri-las no ciclo novamente. Hoje, normalmente ela para no aterro", diz Marina Colerato, diretora presidente do Instituto Modefica. Fazem parte deste ciclo três caminhos: o lixo; a reciclagem; a reutilização. Enquanto a reciclagem aproveita restos de tecido para fazer enchimentos de almofadas, poltronas de veículos, bichos de pelúcia, a reutilização abre portas para muitos usos.

Disponível em: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2022/02/13/lixo-textil-sem-reciclagem-ou-reaproveitamento-restos-de-roupas-ameacam-o-meio-ambiente.ghtml. Adaptado. Acesso em 24.abr.2024.


Texto III

Pensar em formas de diminuir o desperdício tem sido a preocupação de muitas indústrias nos últimos anos, inclusive na moda. Segundo o relatório A New Textiles Economy: Redesigning Fashion’s Future, publicado em 2017 pela Ellen MacArthur Foundation, o equivalente a um caminhão cheio de roupas é destinado à aterros ou incinerado a cada segundo no mundo, enquanto menos de 0,1% de peças usadas são recicladas. Os números preocupantes alertam para um grande problema do setor: os altos índices de descartes de resíduos que poluem a natureza. Tentando resolver esse problema, a arquiteta Clarisse Merlet criou a FabBRICK, empresa que produz tijolos a partir de roupas que seriam jogadas fora. Em 2017, enquanto ainda era estudante, a francesa descobriu a enorme quantidade global de tecidos descartados e, ciente também do impacto da indústria de construção na natureza, pensou em uma maneira de juntar essas duas questões na mesma solução, criando a partir dessa inspiração o projeto para desenvolver os tijolos sustentáveis. A produção upcycling começou no ano seguinte e, segundo a companhia, os tijolos são à prova d'água, resistentes ao fogo e podem ser usados na construção de objetos de decoração e na criação de paredes com o foco em isolamento térmico e sonoro, já que o tecido é um ótimo material isolante. Cada unidade utiliza o equivalente a três camisetas para ser feita.

Disponível em: https://glamour.globo.com/moda/noticia/2021/05/conheca-os-tijolos-sustentaveis-feitos-partir-de-roupas-antigas.ghtml. Acesso em 15.ago.2024.

 


PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “A indústria da moda frente à sustentabilidade ambiental”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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