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MODELO ENEM - PROTAGONISMO DA MULHER NO ESPORTE

ENEM

PROTAGONISMO DE MULHERES NO ESPORTE

MODELO ENEM

ID: J34


Texto I

"Mulherada, pretos e pretas, é possível". Com um sorriso, a judoca Beatriz Souza mandou o recado a milhões de brasileiros, logo após conquistar a primeira medalha de ouro do país nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Também feliz em "representar a negritude", a ginasta Rebeca Andrade – ganhadora do segundo ouro em Paris – falava sobre a importância de ser "mais uma referência negra para todas as crianças e adultos". (...) A conquista de Rebeca também ganhou páginas de jornais de todo o mundo e as redes sociais com a foto em que as ginastas americanas Simone Biles e Jordan Chiles (2ª e 3ª lugares no solo, respectivamente; todas negras) prestam reverência à brasileira no pódio. "Ainda não superei esse lindo momento de irmandade e espírito esportivo! Você pode sentir o amor brilhando através dessas moças", escreveu a ex-primeira-dama dos EUA Michelle Obama no X.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0l88rn7ndjo. Acesso em 9.ago.2024.


Texto II

Que o esporte é machista não é novidade pra ninguém. As mulheres por muito tempo foram proibidas de participar de Olimpíadas e até de torcer. Depois, começaram a aparecer de forma tímida e honrosa nas estatísticas no mundo olímpico. Em 2021, na edição de Tóquio, pela primeira vez elas podem quase chegar a quase 50% dos competidores. Persona non grata? Acompanhe o histórico!

O termo “persona non grata” vem do latim cujo significado literal é “pessoa não agradável”, “não querida” ou “não bem-vinda”, exatamente o que significava a presença feminina nas Olimpíadas da Grécia Antiga. A participação era totalmente proibida tanto nas competições, quanto nas arquibancadas. Só cidadãos gregos tinham esse direito. Ou seja, homens livres e nascidos na Grécia. A única exceção era a sacerdotisa de Deméter, do templo da deusa Ceres, que tinha entre suas obrigações de ofício assistir às provas.

Jogos Modernos e o início da mudança: A primeira edição de Jogos Olímpicos da Modernidade aconteceu em Atenas em 1896, com a presença de 241 atletas e 14 países e, pasme, nenhuma mulher. Já em Paris, em 1900, apenas 2,2% da presença feminina, com 22 representantes. E isso contra a vontade do idealizador das Olimpíadas: Pierre de Coubertin. O desgosto aconteceu exatamente na edição dos Jogos em sua casa. Coubertin tinha uma frase famosa sobre as mulheres: “É indecente ver mulheres torcendo-se no exercício físico do esporte”. A alegação era que o corpo feminino foi feito para maternidade e não para competições esportivas. No entanto, a história começou a ser reescrita. A primeira campeã olímpica foi a tenista inglesa, Charlotte Cooper, que já era tricampeã de Wimbledon e ganharia ainda mais dois títulos do torneio. 

Disponível em: https://www.olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olimpicas/250498-historico-mulheres-nas-olimpiadas/#:~:text=As%20mulheres%20por%20muito%20tempo%20foram%20proibidas%20de,podem%20quase%20chegar%20a%20quase%2050%25%20dos%20competidores. Acesso em 9.ago.2024.


Texto III

Em 14 de abril de 1941, o presidente Getúlio Vargas baixou o Decreto-Lei 3.199, art. 54, que proibia as mulheres de praticar esportes que não fossem "adequados a sua natureza". Apesar de não ser citado nominalmente, o futebol se enquadrava. Considerado um esporte violento e ideal apenas para homens, a prática feminina na modalidade foi cerceada por 40 anos, no momento em que apresentava franco crescimento.

Disponível em: https://ge.globo.com/futebol/futebol-feminino/noticia/decreto-lei-de-proibicao-da-pratica-do-futebol-por-mulheres-completa-80-anos.ghtml. Acesso em 9.ago.2024.


Texto IV

Ser hoje uma jogadora de futebol no Brasil não é uma tarefa fácil. Para conseguirem reconhecimento, as jogadoras seguem dando muito “chapéu” no preconceito, na discriminação e na desvalorização salarial. Um exemplo claro disso é que as jogadoras ainda não são remuneradas e patrocinadas da mesma forma que os jogadores. A nossa craque Marta, por exemplo, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa, chega a ter ganhos anuais de US$ 400 mil — de acordo com um levantamento do jornal espanhol “Marca”. Já Neymar, outro craque do futebol brasileiro, mas que nunca foi eleito melhor jogador do mundo, teve ganhos anuais apontados por um levantamento da “Forbes” que beiram US$ 50 milhões de dólares por ano.

 

VIDICA, Letícia. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/futebol/as-donas-da-bola-existe-desigualdade-de-genero-no-futebol/


Texto V



PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Do preconceito ao protagonismo das mulheres no esporte brasileiro”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os Direitos Humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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