FUGA DE CÉREBROS
ARTIGO DE OPINIÃO
MODELO UNICAMP
ID: G4Z
Texto I
Os obstáculos para a prática da ciência no Brasil impulsionam a saída de cientistas de um país para trabalhar em instituições estrangeiras. E a tendência é que a fuga de cérebros aumente. Recentemente, uma das pesquisadoras brasileiras de maior destaque mundial, a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, deu adeus ao país. Ela trocou o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pela Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. Em carta, disse “ter-se cansado do ambiente que incentiva a mediocridade”. “A ciência brasileira está agonizante”, escreveu ela na revista Piauí. Principal autora de uma das raras pesquisas brasileiras divulgadas na revista Science, ela diz que existe uma penúria tão grande no país que ela já precisou tirar dinheiro do próprio bolso para bancar suas pesquisas. “Todo o establishment (sociedade) científico do Brasil está dominado por uma visão anacrônica que desestimula inovação, desperdiça recursos e não dá esperança a uma geração talentosa de pesquisadores que está deixando o país em massa, em busca de oportunidades melhores”, afirmou. Para Suzana, mudanças profundas são urgentes, uma vez que sem ciência de ponta não há saída para a crise.
Disponível em: http://www.geografia-ensinareaprender.com/2016/06/fuga-de-cerebrosnobrasil.html, adaptado.
Acesso em 25.ago.2021.
Texto II
Texto III
Nos últimos anos, o cientista Luiz Davidovich viu mais e mais pesquisadores brasileiros deixando o país em busca de oportunidades no exterior. “O êxodo na minha área, a Física, está sendo muito maior agora do que anos atrás”, comenta. Especialistas da área pontuam que é difícil mensurar o tamanho atual desse fenômeno, conhecido como fuga de cérebros, porque não há dados oficiais sobre o tema. Apesar disso, afirmam que têm notado um aumento de jovens pesquisadores que partiram do país ou planejam fazer isso em breve. “Isso mata o futuro sustentável do país. São jovens pesquisadores, pessoas que trazem novas ideias. Esse pessoal vai realizar fora do país o investimento que o Brasil fez, em bolsas de pesquisa, mestrado ou doutorado, para educá-los. O Brasil está dando esses jovens de presente para outros países. E é um grande presente receber um pesquisador formado”, declara Davidovich. Para ele, a fuga de cérebros se torna um fenômeno inevitável diante da situação atual do Brasil em relação à ciência. Em 2021, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) terá o menor orçamento dos últimos anos. (...) Com orçamentos apertados, universidades públicas, onde são feitas grande parte das pesquisas brasileiras, vivem uma fase de incerteza em relação ao futuro.
COMANDO: Imagine que você seja o articulista de um jornal de
grande circulação nacional. Você deverá escrever um ARTIGO DE OPINIÃO, posicionando-se
a respeito da seguinte afirmação: Desalentados com a desvalorização das Ciências,
pesquisadores brasileiros evadem-se do Brasil – isso é o que se chama “fuga de
cérebros”: o futuro do país está comprometido.