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EM - POSTAGEM - MODELO UNICAMP - ENFRENTAMENTO DO LUTO

UNICAMP

LUTO

TEXTO PARA POSTAGEM

MODELO UNICAMP

ID: H3X



COMANDO: Após a leitura e a consequente reflexão a respeito do conteúdo dos textos abaixo, escreva um post (“textão”), em que você registre seu posicionamento diante da estimativa de 686 mil mortes pela Covid-19.



Texto I

O Brasil registrou neste domingo (25/09/2022) 23 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 685.860 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 63. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -2%, indicando tendência de estabilidade pelo quarto dia.

https://g1.globo.com/saude/coronavirus/noticia/2022/09/25/brasil-registra-media-movel-de-63-mortes-por-covid-na-ultima-semana-tendencia-segue-de-estabilidade.ghtml. Acesso em 26.set.2022.



Texto II

Após a Segunda Guerra Mundial, multiplicaram-se as pesquisas sobre o estresse pós-traumático e o luto. Pois é possível que a pandemia do novo coronavírus produza uma nova leva de estudos sobre esses temas, além de provocar uma grande mudança social, na medida em que o rompimento de vínculos humanos ganhou atenção.


Mas, afinal, o que é o luto?

Há algumas definições com discreta variabilidade, e escolhi uma das mais clássicas: a do grande teórico da psicologia John Bowlby. Segundo ele, o luto é um processo natural que ocorre em reação a um rompimento de vínculo. Dessa forma, o processo de luto abarca situações relacionadas ao contexto de perda em geral, seja o falecimento de um ente querido, a mudança de um papel social ou a perda de uma possibilidade de futuro. É a sensação de que “algo nos foi tirado”, algo que era tão nosso que não deveria, absolutamente, ter sido tomado de nós. Um levantamento recente sobre o tema, diante de outros surtos de doenças infecciosas, como a cólera e o ebola, aponta que o isolamento dos doentes e a impossibilidade de realizar os rituais pós-morte específicos a cada cultura causam impacto negativo no processo de luto de uma comunidade. Algumas pesquisas sugerem um aumento na intensidade e no prolongamento dos sintomas vivenciados pelo luto. Não dizemos adeus da mesma forma que antes. Não podemos oferecer o amparo presencialmente. Não temos mais o olho no olho que acolhe e diz que, independentemente do que acontecer, ficaremos ao seu lado. Como familiares, a sensação de impotência é devastadora. Aos profissionais de saúde, cabe o desafio de viabilizar a manutenção da saúde mental e a dignidade dos pacientes e familiares ao criar estratégias para o contato remoto por meio de chamadas de vídeo ou áudio, cartas… A inovação e a humanização também são ferramentas do cuidar. Os rituais fúnebres desempenham um papel importantíssimo nesse contexto, com todas as suas variabilidades sociais, históricas e culturais. Com as diretrizes mundiais para evitar a contaminação nesse momento — e entre os trabalhadores dos diferentes serviços funerários — mais uma vez somos desafiados a nos reinventar. Podemos, por exemplo, garantir que os rituais de despedidas sejam mantidos por meios remotos de encontro e comunicação. E não devemos nos esquecer que o processo do morrer interfere no enfrentamento do luto. Uma morte em meio à restrição de recursos terapêuticos, com sofrimento — o que pode acontecer em regiões onde há perda do controle do coronavírus — é mais difícil de processar.

PAVANI, Natalia. Disponível em: https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/luto-em-tempos-de-pandemia-o-que-muda-ao-dizer-adeus/. Adaptado. Acesso em 6.jul.2022.




Texto III

Muitas vezes me perguntaram se, com tantas perdas Brasil afora, nós estaríamos experimentando um luto coletivo. Sempre achei que não: estamos sim, coletivamente em luto, mas é diferente. Luto coletivo não me parece ser quando muitos de nós lamentamos nossas mortes ao mesmo tempo, e sim quando todos compartilham uma dor em comum. Talvez seja isso que tenha ocorrido com a morte do Paulo Gustavo. Com sua simpatia, ele cativava o país inteiro. Sua morte aglutina, de alguma maneira, todas as outras, nos levando, agora sim, a um luto coletivo: todos juntos lamentando a mesma perda. Não há fórmulas para lidar com o luto. Mas, além de lamentarmos sua partida, é importante que celebremos toda alegria que ele nos trouxe. É a melhor maneira de honrarmos sua história.

BARROS, Daniel Martins de. Disponível em: https://www.terra.com.br/diversao/cinema/morte-de-paulo-gustavo-simboliza-o-sofrimento-de-um-pais-inteiro,613ab6cc35792ecd0edb0e0e5d23d330ba3gqvao.html. Adaptado. Acesso em 6.jul.2022.

 


Texto IV


Disponível em: https://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2017/06/vida/viver_com_saude/2132013-silencio-e-medo-cercam-a-unica-certeza-da-vida.html. Acesso em 6.jul.2022.

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