Enquanto a cobertura
midiática não debate HIV e escolas deixam de falar sobre sexo, o número de
jovens infectados pelo vírus triplicou no país nos últimos anos. Sensível,
social e repleto de desigualdades, viver com HIV no Brasil é um desafio que
transcende o uso de antirretrovirais.
Todos os dias, ocorre um milhão de novas infecções
de quatro importantes doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) que, embora
curáveis, são de difícil detecção, por não apresentarem sintomas iniciais. Um
estudo divulgado nesta quinta-feira (6/6/2019), pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), alerta que casos de sífilis, clamídia, gonorreia e tricomoníase
não estão caindo de forma suficiente, fazendo dessas quatro condições uma
epidemia perigosa e silenciosa, nas palavras da principal autora do estudo, a
epidemiologista da OMS Melaine Taylor. “Além de serem doenças assintomáticas,
essas DSTs estão associadas a estigmas, à vergonha”, lamenta. “Como são
infecções que ocorrem sem sintomas, as pessoas não percebem que estão
infectadas. Então, não se testam, não se tratam, e o risco de transmissão é
imenso não só para o parceiro, mas entre mães e filhos”, disse Taylor, em uma
coletiva de imprensa por telefone. Caso detectadas, são doenças curáveis.
Porém, se ignoradas, podem trazer complicações graves, especialmente para os
filhos.
“Temos um dos melhores programas de HIV/aids do
mundo – um programa que revolucionou o tratamento e reduziu a velocidade de disseminação
da epidemia mundial ao adotar, em 1996, uma política de distribuição gratuita
de medicamentos”, disse (...) o médico e escritor Drauzio Varella. (...) “Se
não tivesse adotado essa política, hoje, em vez de 860 mil, o Brasil teria 18
milhões de brasileiros com HIV – mais ou menos a mesma prevalência da África do
Sul.” (...)
Drauzio Varella (...) também destacou outras
políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) que considera de excelência,
como o Programa Nacional de Imunizações; o Sistema Nacional de Transplantes; a
Estratégia Saúde da Família; e o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência. “A
criação do SUS foi a maior revolução da história da medicina brasileira; nenhum
país no mundo com mais de 200 milhões de habitantes ousou dizer que a saúde é
um direito de todos”, reiterou.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Caminhos para reduzir o número de infectados pelo vírus HIV no Brasil”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.