A violência
na escola, tanto física quanto psicológica, está aumentando consideravelmente e
ganhando destaque na mídia. É considerado bullying: chutar, zoar, bater,
ameaçar, e várias outras maneiras de humilhação. Essa situação é muito
preocupante para toda a sociedade. O que fazer? O bullying é tão antigo quanto a escola. Infelizmente acontece em todo o mundo. A situação é
preocupante, muitos alunos sofrem violência por serem diferentes, mas é claro
que o problema não está nessas pessoas e sim nos que se sentem superiores,
poderosos. Parte dos alunos que sofreram bullying são praticantes.
Muitos
sofrem calados e se tornam adultos agressivos, é aquela velha história,
"violência gera violência". Outros além de não procurarem ajuda
acabam se isolando tanto e se sentindo tão humilhados que chegam a cometer
suicídio. Baixa autoestima, medo, angústia, diminuição no rendimento escolar,
aumento do pedido de dinheiro aos pais, não querer ir à escola, entre inúmeras
outras são consequências do bullying que podem refletir em toda a sociedade,
esses agressores possuem grandes chances de se tornarem adultos revoltados,
criminosos e até mesmo criarem uma gangue perigosa.
O bullying não é um fenômeno
recente, sempre existiu e sempre foi considerado um problema a ser resolvido
pelos envolvidos, isto é, as crianças. Por que agora, e somente agora, a ação
tomou contornos de crime? Será que as crianças de hoje são menos ingênuas que
as de antigamente? Será que a humanidade, por si só, se tornou mais malévola?
Ao perceber-se
livre do colo da mãe e do zelo do pai, e ao começar a frequentar a escola e
conviver com iguais, a criança percebe que nem tudo pode ser como ela quer, que
a casa é diferente da escola e, ainda que isto soe trágico, que a vida não é um
mar de rosas. Interromper ou intervir nessa descoberta, tornando tudo mais fácil
para a criança e impedindo-a de lidar com os próprios problemas, pode ser
simples e reconfortante, mas acabará, inevitavelmente, contribuindo para
retardar seu amadurecimento e crescimento pessoal.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija um Artigo de Opinião sobre o tema: “O bullying no ambiente escolar - como rasgar essa página?” Escreva, aproximadamente, 25 linhas.
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Você já, sabe, mas não custa lembrar...
O Artigo de Opinião, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema polêmico. É um gênero textual que se apropria do tipo dissertativo. O articulista deve sustentar sua opinião por meio de evidências; deve, também, assinar o Artigo – entretanto, nos vestibulares, o candidato deve usar apenas as iniciais ou adotar um pseudônimo, a fim de que não seja identificado pelo examinador, o que poderia ser motivo para a anulação da prova.
O Artigo, geralmente, leva título.
O Artigo de Opinião é persuasivo: inserido em grandes jornais e revistas, é um serviço prestado ao leitor, com o objetivo de convencê-lo acerca não só da importância do tema ali enfrentado, mas também, e principalmente, da relevância do posicionamento do articulista.
São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor satírico, a ironia – tudo baseado em informações factuais. No Artigo de Opinião, é preciso conjugar as seguintes funções da linguagem: referencial (informação, na parte introdutória), emotiva (criticidade, no desenvolvimento) e conativa (apelo/ordem/aconselhamento ao leitor, na conclusão).
ALERTA!
Cuidado com as armadilhas da primeira pessoa: Ainda que você desenvolva um
texto de opinião, não escreva: “eu acho que”; “na minha opinião”; “no meu modo
de pensar” etc., porque essas expressões são consideradas armadilhas da
primeira pessoa.