A corrida presidencial de 2018 tem uma marca
inegável: as fake news se espalharam como fogo no mato seco. Houve muitos boatos,
com gradações do nível de absurdo. De ofensas pessoais contra os candidatos e
seus familiares às denúncias de fraude no processo eleitoral, não houve quem
escapasse ileso (...). E tudo isso impactou nas campanhas: tanto Fernando
Haddad (PT) quanto Jair Bolsonaro (PSL) recorreram à justiça com queixas
variadas sobre fake news. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (...) propôs uma
reunião entre as campanhas para um pacto contra as notícias falsas, mas (...) a
pouco mais de uma semana do segundo turno, a Corte demorou muito a agir e os
efeitos foram parcos.
Rosa
Weber: fake news são problema mundial contra o qual não há ‘milagre’
Segundo
ministra, Corte priorizará combater acusações de fraude contra o processo
eleitoral (...)
Por
Guilherme Venaglia - 21 out 2018, 18h04
A ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defendeu
neste domingo 21, a atuação da Corte no combate às fake news, notícias falsas
propagadas durante o período eleitoral. Segundo a magistrada, mentiras e
“excessos” nas propagandas políticas sempre existiram, mas a velocidade e
intensidade de propagação são um “fenômeno novo” e um “problema mundial” contra
o qual ainda não se conhece “milagre”, uma solução definitiva que possa ser
aplicada em larga escala. “Gostaríamos
imensamente que houvesse uma solução pronta e eficaz. De fato, não temos.
Notícias falsas não são novidade; o que é novidade é a difusão e circulação
dessas notícias.”, disse, completando com um apelo: “Se tiverem uma solução
para que se coíbam fake news, por favor, nos apresentem. Nós ainda não
descobrimos o milagre.”.
COMANDO:
Tendo em vista o conteúdo das matérias jornalísticas acima, escreva uma CARTA
ARGUMENTATIVA à ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), a respeito dos impactos da propagação das fake news nos períodos
eleitorais. Nessa carta, tendo em vista as notícias de que as fake news
interferiram nas eleições de 2018, você deverá discutir o assunto e propor
caminhos para que esse fato não se repita nas próximas eleições.
Atenção
à estrutura-padrão da carta:
. Local
e data;
. Identificação
do destinatário;
. Referência/destaque
do assunto;
. Vocativo,
distinção do cargo do destinatário;
. Apresentação
do remetente;
. Apresentação
do assunto;
. Argumentação;
. Sugestão/Pedido/Intenção;
. Despedida;
. Assinatura.
Cartas?
Ainda? Estamos em pleno século 21...
Com o
advento da internet e de recursos tecnológicos, a forma de comunicação entre as
pessoas mudou consideravelmente. Antes,
era muito comum utilizar-se de cartas, telegramas e cartões postais para se
comunicar com pessoas distantes. Entretanto, até hoje, a carta argumentativa é
um importante veículo de comunicação, muito requisitada na redação escolar.
Carta
é dissertação com data, vocativo e assinatura?
Não. Carta argumentativa é um gênero textual que se apropria do tipo dissertativo. Há quem pense que uma dissertação
argumentativa com data e vocativo se torne uma carta – isso é um engano!
Ao longo da carta, é preciso manter as marcas de
interlocução (vocativos, pronomes); não basta apenas a “moldura” do texto para
que seja configurada a carta.
Para finalizar, destaca-se o fato de que, na carta
argumentativa, o remetente se dirige/escreve a determinada pessoa/instituição,
e não a uma coletividade, como acontece quando se escreve, por exemplo, um
artigo de opinião, que é veiculado em revistas e jornais, e pretende alcançar um
leitor universal, ou seja, qualquer leitor.
IMPORTANTE!
. Cartas
argumentativas são endereçadas, geralmente, a autoridades; é preciso empregar
pronomes de tratamento respeitosos.
. Não
convém usar chavões como: “venho por meio desta”; “vale salientar”; “vale lembrar”;
“um caloroso e forte abraço”; “sem mais para o momento”, etc.; essas expressões
estão desgastadas e empobrecem o texto.
. A carta argumentativa deve ser escrita em, no máximo, 30 linhas, empregando-se o
padrão formal da Língua Portuguesa.