Não custa lembrar: a palavra “charge” é de origem francesa, e significa “carga”, ou seja, traços carregados ou caricaturais de situações cotidianas atuais, de grande repercussão, a fim de torná-las mais graves, extravagantes, irracionais. Crítica, ironia e bom humor são elementos essenciais às charges, além das construções intencionalmente ambíguas, metafóricas e trocadilhescas, com a finalidade de protestar/desconstruir narrativas/situações com as quais o chargista não concorda. Por meio de imagens (personagens e/ou coisas) e balões (texto de vocabulário simples), a charge é um texto de caráter opinativo, veiculada em jornais e revistas – impressos ou virtuais.
COMO FAZER UMA CHARGE?
1. Escolha uma situação polêmica e atual que você pretenda criticar – por exemplo: as queimadas na Amazônia, a superlotação nos presídios, o aumento do preço dos combustíveis, a corrupção, as crianças em situação de rua, as rodovias esburacadas etc., etc.
2. Pense, exatamente, em como “exagerar” no aspecto inconveniente/contrastante dessa situação, e use texto não verbal (desenho de personagens e/ou coisas) e, se for o caso, texto verbal (poucas falas das personagens que vivem a situação), para desenvolver a crítica.
Veja
um exemplo de charge:
Charge do Cazo. Disponível em: https://www.humorpolitico.com.br/page/3/?s=carne
Perceba que o chargista Luiz Fernando Cazo, por meio do humor
refinado (e não apenas cômico), utilizou e explorou um fato extraído do
cotidiano brasileiro (aumento do preço da carne), ampliou a situação (pai de
família chora diante do pedaço de carne) e terminou com um raciocínio lógico e
crítico (personificação, com a despedida do bife).
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PROPOSTA
DE REDAÇÃO: O fragmento abaixo é a base para a charge que você deverá
desenvolver:
“Queimadas
na região da Amazônia atraem a atenção do mundo, provocam a reação de líderes
internacionais e da comunidade científica.”