Texto II
Fenômeno que ocorre
cada vez mais entre os jovens,
homens ou mulheres, o suicídio
deve ser abordado sem
estigmas, afirmam especialistas.
Os tratamentos psiquiátricos e
psicológicos são recomendados
para os sobreviventes, estejam
eles participando ou não de
grupos como os do CVV (Centro
de Valorização da Vida). Na
rede pública de saúde de São
Paulo, a Covisa (Coordenação
de Vigilância em Saúde)
monitora casos de potenciais
suicidas. Se alguma pessoa for
internada duas vezes seguidas
por intoxicação, por exemplo, o
órgão pode encaminhá-la para
acompanhamento.
“O tabu sobre o tema do suicídio é um dos principais obstáculos no
combate a esse grave problema. No entanto, por meio de uma abordagem abrangente
e com uma estratégia nacional de prevenção, é possível enfrentá-lo e conquistar
resultados positivos de diminuição no número de casos”, argumenta o senador
Garibaldi na justificativa para a apresentação de sua proposta. O suicídio foi
definido como uma “epidemia silenciosa” no Brasil, e com uma preocupante
tendência de crescimento entre jovens e adolescentes. Nos últimos 10 anos, a
taxa de suicídio cresceu mais de 40% entre brasileiros de 15 a 29 anos. (…)
Professor de Psicologia na Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Tavares
argumentou que as campanhas educativas e ações de prevenção são realmente
eficientes, e defendeu que o suicídio deve ser tratado como um problema de Saúde
Pública, com políticas e programas específicos.
Os comportamentos suicidas geralmente resultam da interação de vários
fatores, entre os quais: depressão, uso de álcool, experiências traumáticas na
infância e transtornos mentais. (...). Os antidepressivos aumentam discretamente
a frequência de pensamentos suicidas e de tentativas de suicídio (mas não de
suicídios consumados) em crianças e adolescentes.
É possível aumentar a conscientização sobre o problema do suicídio com
ferramentas fáceis para ajudar a si mesmo e aos outros. Conheça as cinco etapas
que podem salvar vidas: saiba reconhecer os sinais; saiba como ajudar; faça do
bem-estar mental uma prioridade em sua vida; saiba que existe ajuda e que a
recuperação é possível; dissemine esses cinco passos para outras cinco pessoas!
Além disso, PERGUNTE se a pessoa está pensando em suicídio. OUÇA sem julgar.
Deixe a pessoa falar sem interrupção e faça com que ela se sinta ouvida.
RESPONDA com gentileza e cuidado. Leve a pessoa a sério. ACOMPANHE a pessoa e
ofereça apoio na transição da crise para a recuperação (Tente acompanhá-la nas
primeiras 24-48 horas após uma crise).
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo argumentativo sobre o tema: “Caminhos para combater o suicídio no Brasil do século 21”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.