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EFAF - COMBO "O ALIENISTA" - DIÁRIO DE VIAGEM DE D. EVARISTA

DIÁRIO - EF ANOS FINAIS

O ALIENISTA – DIÁRIO DE VIAGEM

PROJETO RELEITURA

ID: E4E






Releitura é a apropriação de uma referência artística ou literária com um determinado propósito: recriar, reconstruir, a fim de que a reconstrução, logicamente, dialogue com a peça-referência. A releitura é um texto “espelhado”. E não se pode negar: o recriar exige sensibilidade, técnica e muita criatividade!


O PROJETO RELEITURA – O ALIENISTA pretende levar aos alunos gêneros textuais que povoam não só a produção literária, como também a utilitária, entre os quais: Crônica, Campanha, Testamento, Boletim de Ocorrência, Notícia, Editorial, Classificados, Prontuário Médico, Denúncia, Entrevista, Diário de Viagem e Resenha.


IMPORTANTÍSSIMO: A obra, base para a releitura, é o clássico O Alienista, do autor realista brasileiro Machado de Assis. É preciso ler a obra ou assistir ao filme Caso Especial – O Alienista – tempo de duração: 44’. Para o filme, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=Cu7QifQPrgc


Nesta proposta de trabalho, você desenvolverá um DIÁRIO DE VIAGEM. Mãos à obra!



O gênero textual DIRÁRIO DE VIAGEM, de caráter descritivo-narrativo, começa muito antes de o viajante chegar ao seu destino: começa enquanto ele pensa e organiza a viagem. Pequenas anotações – como escolha do destino, da companhia aérea, preço das passagens, compra de itens (malas, roupas etc.) – podem fazer parte desse diário. Além do texto escrito, há quem anexe papéis – como bilhetes de passagem, fotos, guardanapos. Iniciada a viagem, não apenas datas e lugares são registrados, em ordem cronológica, como também as mais diversas situações: encontros, desencontros, imprevistos, visitas – enfim, tudo aquilo que se viveu/experimentou é alvo do Diário de Viagem.


CONTEXTUALIZAÇÃO: D. Evarista, esposa do Dr. Simão Bacamarte, vivia triste – o marido não lhe dava atenção, pois ele se dedicava ao estudo dos loucos da Casa Verde. Foi então que o médico alienista permitiu que a esposa fosse fazer um passeio no Rio de Janeiro.


“A ilustre dama (...) achou-se a mais desgraçada das mulheres, caiu em profunda melancolia (...).

— Consinto que vás dar um passeio ao Rio de Janeiro [disse o marido à mulher]. D. Evarista sentiu faltar-lhe o chão debaixo dos pés. Nunca dos nuncas vira o Rio de Janeiro (...). 

D. Evarista, a tia, a mulher do boticário [D. Cesária], um sobrinho desse, um padre que o alienista conhecera em Lisboa (...), cinco ou seis pajens, quatro mucamas, tal foi a comitiva que a população viu sair [de Itaguaí rumo ao Rio de Janeiro].”


COMANDO: Imagine que você seja D. Evarista. Explore a situação acima e registre, numa página de seu Diário, um de seus inúmeros passeios no Rio de Janeiro. Sem dúvida, há muito a ser explorado! Escreva de 25 a 30 linhas.



Lembre-se: a trama O Alienista nos remete ao período colonial do Brasil – atente, o quanto possível: à descrição e à ação das personagens; à adequação do tempo, do ambiente e das situações; à coerência vocabular etc.


Não economize criatividade! Pense em algumas cenas sutilmente cômicas – afinal, como você pôde perceber, a comicidade e a ironia finas são traços marcantes em O Alienista.

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