No
CONTO DE TERROR, o escritor investe no desconhecido, ou, mais precisamente, no
medo pelo desconhecido. É comum criar ambientes noturnos, gelados e vazios,
barulhos sinistros, repentinos e perturbadores, sensações incômodas, doloridas
e arrepiantes... Procure se lembrar de cenas/episódios de filmes de terror aos
quais você, certamente, já assistiu.
O escritor de um conto de terror deve levar o leitor a
instantes de curiosidade e pânico; deve levantar hipóteses de terror. Por exemplo:
de quem são os passos que se arrastam pelo corredor?; o que há dentro da gaveta
emperrada?; parece que ouço uma voz rouca, depois uma gargalhada...; por que o
vaso da varanda cai toda vez que o guarda apita? etc., etc.
Ao
longo dos contos de terror, o leitor depara com cenas enigmáticas e
aterrorizantes. O escritor pode (mas não, necessariamente, deve) esclarecer os
fatos, os motivos do terror – quando assim ele pretender, é recomendável que se
misturem “pistas” falsas às verdadeiras, a fim de que o leitor possa ser
surpreendido com o desfecho do conto.
As
técnicas descritivas também devem ser exploradas: cheiros, ruídos, cores,
sabores – em sintonia – colaboram para criar personagens e cenários, além de provocarem
desconforto e medo no leitor.
Ao
final do conto, o escritor deve evitar o escape tradicional: “... até que o
relógio despertou e Fulano percebeu que tudo não tinha passado de um pesadelo”.
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CONTEXTUALIZAÇÃO:
Imagine que você tenha convidado seus amigos para assistirem juntos à final do
Campeonato de Futebol. Uns minutos antes de iniciar a partida, todos em
silêncio para ouvirem o apito inicial do jogo, e... O que ouviram? Um estrondo!
E não foi só isso: eram três horas da tarde, e, de repente, a escuridão da
noite tomou conta da cidade. “Meu Deus! O que aconteceu?” As crianças choravam
e os adultos corriam de um lado para outro. Já não havia energia elétrica. O
pavor tomava conta de todos.
Que situação enigmática!
PROPOSTA DE
REDAÇÃO: Você deverá explorar a cena e escrever um conto de terror. Não perca
os detalhes que foram “plantados” no enunciado.
Não
economize criatividade! Escreva, terrivelmente, ops!, aproximadamente, 30
linhas.
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SUPER DICAS:
. Esteja certo de que ninguém pensaria naquilo em que
você pensou – isso é ser original.
. Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto
– o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor
do que o segundo...
. Até o final de seu conto, o leitor pretenderá
encontrar respostas para: o quê?, quem?, como?, quando?, onde?, por quê?, e então...
. Antes de entregar sua produção textual
ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira
se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e parágrafos estão bem
ligados, se as ações seguem numa sequência cronológica e não se embaralham, se
não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia, a acentuação gráfica,
as pontuações e os plurais estão corretos.