O trabalho análogo (semelhante) ao de escravo ainda é uma violação de
direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo
governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a
reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele
ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações
análogas a de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é
somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos
períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não
prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem
a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação
extrema de exploração.
CONTEXTUALIZAÇÃO E COMANDO: A revista “Palmares – Caminhos para a
Abolição”, na edição desse mês, trará uma série de reportagens a respeito de
trabalho análogo ao de escravo. Escreva o Editorial da revista, abordando o tema:
“Desafios para a abolição da escravidão contemporânea”.
OPERAÇÃO PUXA-IDEIAS: Antes de começar a escrever,
levante questionamentos: por que acontece o trabalho semelhante ao de escravo?;
a quem compete contê-lo?; como isso é possível? etc.
Além de seus
conhecimentos e de suas convicções sobre o tema, extraia dados dos textos de
apoio para fundamentar suas argumentações.
ALERTA: Cuidado para
que seu Editorial não se torne apenas releitura/resumo da coletânea de apoio.
SÓ PARA LEMBRAR...
O EDITORIAL é um texto de caráter expositivo-argumentativo, veiculado em jornais e revistas. O editorialista focaliza um tema atual e polêmico, de viés político, econômico, social, educacional etc., a partir do qual firma suas argumentações. O Editorial surge nas primeiras páginas do jornal ou da revista, e explora, geralmente, a matéria da capa.
Como fazer um EDITORIAL?
. O texto é breve – aproximadamente, 25 linhas.
. A linguagem depende do público-alvo – é preciso considerar, entre outros aspectos, o caráter da revista/jornal (científico, religioso, jurídico, político etc.) e, consequentemente, a faixa etária dos leitores.
. A estrutura segue a dos demais gêneros de caráter dissertativo: apresentação do tema, tese, discussão e conclusão.
. É escrito, preferencialmente, na 3.ª pessoa do singular.