Marta Vieira da Silva, a
Marta, é a principal jogadora de futebol do mundo e atua em campo na posição de
atacante. Nascida no município de Dois Riachos, em Alagoas, no dia 19 de
fevereiro de 1986, a brasileira é chamada de rainha do futebol e foi eleita
seis vezes como a melhor jogadora do mundo pela Fifa. A atleta teve uma
infância humilde no interior de Alagoas. (...) A jogadora não é casada e não
tem filhos.
Carreira de Marta
(...) Ainda criança, ela
gostava de jogar com os garotos, no interior de Alagoas. Era a única menina no
grupo, e, em uma época em que o preconceito ainda era muito grande em torno das
mulheres no esporte, Marta “ignorou” as críticas e discriminação das pessoas em
volta.
Para ajudar no sustento de casa, (...) [ela trabalhava na] “carroçagem”,
nome dado à atividade de empurrar um carrinho de mão com produtos em uma feira da
região. Ela também vendia roupas e sacolés e aceitava os demais serviços que
encontrava na feira, além de lavar pratos na casa das famílias de amigas para
ganhar algum valor que ajudasse em casa. Na Associação Atlética do Banco do
Brasil (AABB), em Santana do Ipanema/AL, era realizada a Copa Infantil de
Futsal, uma das principais competições que haviam na região, e o técnico Luiz
Euclides, o “Tota”, aceitava que uma menina, a Marta, jogasse com os garotos. Desde
essa fase, ela já demonstrava muita habilidade e força, e, algumas vezes,
sobressaía-se frente aos meninos. A situação acabou se complicando, já que
alguns deles ameaçavam machucá-la, com isso, o técnico tomou uma decisão
administrativa que a afastou dos jogos. A competição passou a ser chamada de
Copa AABB de Futsal Masculina, impedindo a participação feminina. Apesar da
decepção da jovem garota em não poder mais jogar, ela não desistiu. Passados
alguns dias, o técnico Tota conseguiu testes para Marta no Rio de Janeiro. Ela
faria dois testes: primeiro no Vasco e depois no Fluminense. Com a carroçagem e
a ajuda de pessoas próximas, Marta conseguiu juntar um pouco de dinheiro para
pegar um ônibus sozinha, aos 14 anos de idade, com destino ao Rio de Janeiro. Marta
não chegou ao Fluminense, mas foi aprovada em seu primeiro treino no Vasco. (...)
Ficou no Vasco por três anos e foi emprestada ao Santa Cruz, de Minas Gerais,
onde ficou por pouco tempo, até que o clube carioca negociou a venda da
jogadora para um clube da Europa.
Em 2018, Marta conquistou o prêmio de melhor jogadora de futebol do mundo
pela sexta vez. A brasileira já havia sido premiada pela Fifa outras cinco
vezes consecutivas, de 2006 a 2010. Entre homens e mulheres, Marta foi a atleta
mais premiada até a edição de 2019, quando o argentino Lionel Messi também
recebeu seu sexto troféu e igualou-se à jogadora. Outro recorde de Marta é o de
maior artilheira de Copas do Mundo. Em 2019, no jogo entre a seleção da Itália
e a do Brasil, marcou seu 17º gol em mundiais, ultrapassando Klose, que era o
maior artilheiro em mundiais, com 16 gols. Marta também é a primeira atleta a
marcar gols em cinco edições diferentes da Copa do Mundo. A primeira copa dela
foi aos 17 anos, em 2003 (três gols), depois esteve presente nas edições de
2007 (sete gols), 2011 (quatro gols), 2015 (um gol) e 2019 (dois gols). Em
2015, Marta superou Pelé, o Rei do Futebol, e tornou-se a maior artilheira da
seleção brasileira.
A craque Marta pode se despedir da seleção brasileira de uma forma
melancólica nas Olimpíadas de Paris, 2024. Nos minutos finais do primeiro tempo
contra Espanha, a atacante foi expulsa após uma dura entrada em Olga Carmona,
acertando a cabeça da adversária (assista no vídeo acima). A seis vezes melhor
do mundo caiu no gramado assim como a rival, lamentando o incidente.
Posteriormente, levantou chorando e deixou o campo em lágrimas.
COMANDO: Você foi convidado a entrevistar, ainda que imaginariamente, a
jogadora Marta. Lidos os textos de apoio, passe, então, a “entrevistá-la”. Componha
de seis a oito perguntas e respectivas respostas.
É fácil: Leia e grife dos textos fragmentos importantes sobre a vida
e a carreira da jogadora – eles serão, depois de ajustados, as “respostas” às
perguntas que você fará, como se fossem as falas da entrevistada. Obviamente,
perguntas e respostas precisam ter coerência. Imagine ainda que a entrevista será
publicada numa revista de grande circulação.
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Só para lembrar...
ENTREVISTAé gênero textual do domínio do discurso jornalístico; é o diálogo entre entrevistador (jornalista) e entrevistado (personagem do fato/da notícia). A entrevista é um dos modos de apuração das informações, que são matéria-prima da notícia.
Como fazer?
Preliminarmente, o jornalista/entrevistador indaga e ouve as narrativas do entrevistado. A partir da coleta dessas informações, a entrevista é redigida, com a apresentação, ainda que breve, da revista/jornal entrevistador, da biografia do entrevistado, do tema da entrevista e da respectiva importância dele no contexto em que está inserido (social, político, econômico, cultural etc.). Em seguida, alternam-se perguntas (do entrevistador) e respostas (do entrevistado). Para a sequência dialogal de perguntas e respostas, são utilizadas rubricas que identificam o entrevistador e o entrevistado. Geralmente, atribui-se um título (criado pelo entrevistador ou pelo editor), seguido de uma frase de efeito (colhida das falas do entrevistado).
IMPORTANTE: O entrevistador precisa estar atento na elaboração das perguntas, que devem ser objetivas/curtas. Obviamente, as falas do entrevistador não devem ser maiores que as do entrevistado.