Lendas
urbanas (ou lendas contemporâneas) fazem parte do nosso cotidiano. Elas nos
chegam por meio de conversas informais, mensagens de WhatsApp, programações de
TV, jornais sensacionalistas etc., e se referem a situações/episódios quase
sempre trágicos, vividos por personagens as quais não conhecemos; quem nos
conta a lenda urbana procura ser (e é) convincente – até porque acreditou nela,
e, por isso, passa-a adiante.
Quando
alguém, do nosso círculo de amigos, nos conta que, “num lugar assim, assim, um
parente de um amigo meu, foi infectado pelo coronavírus, durante uma festa, exatamente
no instante em que tirou um cigarro da carteira...”, essa narrativa é típica de
uma lenda urbana, que nasce e se propaga por meio da oralidade, sem quaisquer
informações precisas/fundadas. Afinal, onde aconteceu o fato narrado?, com
quem aconteceu?, quando aconteceu?, quais foram os desdobramentos desse fato
tão funesto? etc., etc.
É
preciso anotar ainda que a lenda urbana tem aspectos verossimilhantes, ou seja, há certa
harmonia entre as ideias, os fatos, os personagens e os demais elementos da
trama. É uma história que não se sabe ao certo se aconteceu, mas que poderia
ter acontecido.
Com
o decurso do tempo, as lendas vão ganhando novas versões, por conta das
alterações/ajustes que sofrem ao serem recontadas – é possível, então, citarmos
um dito popular, segundo o qual “quem conta um conto aumenta um ponto.”
Estrutura
da lenda urbana para a redação escolar
Trata-se
de uma narrativa com introdução, desenvolvimento e final. É preciso criar a
personagem protagonista, em torno da qual haverá os secundários, e então
surgirão os complicadores, o clímax e o desfecho do enredo. Entretanto, não só
esses elementos, como também o tempo e o lugar, não são bem definidos. Muito
comum, na oralidade, o contador da história/lenda começar com expressões como: “Ouvi
dizer que...”, "Me contaram que...", "Fiquei sabendo que...".
Leia
a matéria jornalística abaixo:
Há exatos 45 anos, no
dia 21 de maio de 1975, o jornal Tribuna do Paraná, periódico de circulação
diária de Curitiba, trazia a manchete “A APARIÇÃO DA LOIRA FANTASMA”. Era o
relato de um episódio em que uma mulher de cabelos claros que tinha entrado em
um táxi, na Praça Tiradentes, com destino ao bairro Abranches. Constava ainda
no relato que, quando o táxi passava em frente ao cemitério do bairro, o
taxista voltou-se para a mulher, e percebeu que não havia ninguém no banco
traseiro. Esse fato, veiculado no jornal, deu início deu início a uma das
principais lendas urbanas da capital paranaense.
COMANDO: Depois de
conhecer a lenda urbana (será mesmo uma lenda?) da Loira Fantasma, escreva um
episódio em que você e seus amigos contracenem com ela.
Ao longo da narração,
explore os recursos da descrição (objetiva, subjetiva, estática, dinâmica), a
fim de que personagens e cenários fiquem mais bem desenhados.
Se for preciso,
releia as explicações acima para, então, escrever o melhor episódio da Loira Fantasma!