Pesquisadora da UnB aposta em novos valores para humanidade
Um mês após a Organização
Mundial de Saúde (OMS) declarar a pandemia de Covid-19, os países ainda estão
aprendendo a lidar com as regras de isolamento social, com o crescimento exponencial
de casos do novo Coronavírus e com os impactos econômicos e sociais da doença. No
Brasil, aulas foram suspensas, comércios estão fechados e famílias de baixa
renda serão atendidas por benefícios emergenciais do governo. Do outro lado,
até quem passava longe do status de vulnerabilidade social se viu em busca de
alternativas para contornar a crise. Em meio ao desamparo e aos aprendizados de
como lidar com a situação, cientistas sociais fazem análises de como os efeitos
da disseminação do vírus afetam a vida em sociedade e apostam em perspectivas
futuras de como será o mundo pós-pandemia. (...) Para a professora e
pesquisadora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), Débora
Diniz, de 50 anos, o momento é de "melancolia e intenso sofrimento",
mas com perspectivas positivas, baseadas em valores humanitários, como cuidado
e solidariedade. "O que vai haver depois da pandemia é a emergência de
valores como solidariedade, o reconhecimento de que nossos privilégios são
'imerecidos' [...], de que somos interdependentes e que valores privados não
podem reger a vida pública."
https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2020/04/13/como-sera-o-mundo-pos-pandemia-pesquisadora-da-unb-debora-diniz-aposta-em-novos-valores-para-humanidade.ghtml,
com adaptações
Em um período sem precedentes
como este, nada mais justo e sensato do que ouvir o que nos diz a biologia.
"Quando estamos diante de uma ameaça à vida, ativamos o mecanismo de luta
ou fuga", resume o psicólogo Felipe Ornell, do Hospital de Clínicas de
Porto Alegre. Esse mecanismo, herdado dos nossos mais remotos antepassados, se
traduz hoje numa palavra corriqueira: estresse. Há milhares de anos, o homem
das cavernas que andava pelas savanas e encontrava uma fera no caminho tinha
que se decidir entre partir para cima ou sair correndo. E é essa reação que
deixa o organismo preparado para agir. Graças a esse sistema veloz e afinado,
nossa espécie sobreviveu às adversidades.
https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/a-epidemia-oculta-saude-mental-na-era-da-covid-19/,
com adaptações
No final
de março, a coluna de grandes textos do The Guardian publicou um artigo que se
pergunta o que o coronavírus mudará no funcionamento do mundo, lembrando que
períodos de grandes agitações levam a mudanças radicais. Os otimistas enxergam
uma oportunidade de construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Os
pessimistas temem que as injustiças se tornarão ainda mais graves. Ricardo
Abramovay, da USP, comentando o artigo do Guardian, destaca um fato relevante:
em 4 cidades chinesas, a queda na poluição deve ter evitado a morte de 1.400 crianças
abaixo de cinco anos e de 51.700 adultos, e que isso nos deveria fazer pensar
que o desafio não é a “volta ao normal”, mas sim o de superar o que até agora
era considerado normal.
COMANDO: Imagine que você
tenha sido convidado para escrever um ARTIGO DE OPINIÃO para uma revista de
grande circulação nacional, em cujo texto você responderá à pergunta: COMO SERÁ
O MUNDO PÓS-PANDEMIA?
Você já sabe, mas não custa
lembrar...
O ARTIGO DE OPINIÃO, como o próprio nome
já diz, é um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum
tema polêmico. É um gênero textual que se apropria, predominantemente, do tipo
dissertativo. Dá-se o nome de articulista àquele que escreve o Artigo, que é
persuasivo - inserido em grandes jornais e revistas, é um serviço prestado ao leitor,
com o objetivo de convencê-lo não só a respeito da importância do tema ali
enfrentado, como também, e principalmente, da relevância do posicionamento do
articulista. São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia - tudo
baseado em informações factuais.
O
texto, geralmente, é escrito na 1.ª pessoa, leva título e assinatura.
A estrutura do artigo de opinião, ainda
que maleável, procura seguir:
. introdução, com a
apresentação do tema e da tese a ser defendida;
. desenvolvimento, com as argumentações
para a defesa da tese e
. conclusão, com a
reafirmação da tese e a provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias
reflexões.
ALERTA! Cuidado
com as armadilhas da primeira pessoa: não escreva: "eu acho que";
"na minha opinião"; "no meu modo de pensar" etc., porque
essas expressões são consideradas armadilhas da primeira pessoa.