EM - CARTA ABERTA À SSP - LIBERDADE DE IMPRENSA - AGRESSÃO A JORNALISTAS
CARTA ABERTA - EM
LIBERDADE DE IMPRENSA
CARTA ABERTA À SSP, EM DEFESA DA COMUNIDADE JORNALÍSTICA
ID: F1N
Leia atentamente os textos a seguir.
Texto I
[...] a equipe de profissionais do Estadão foi agredida com chutes, murros e empurrões (...). O fotógrafo Dida Sampaio (...) usava uma pequena escada para fazer o registro das imagens, quando foi empurrado duas vezes por manifestantes, que desferiram chutes e murros nele. O motorista do jornal, Marcos Pereira, que apoiava a equipe de reportagem, também foi agredido fisicamente com uma rasteira. Os manifestantes gritavam palavra de ordem como “fora Estadão”. Os dois profissionais precisaram deixar o local rapidamente para uma área segura e procuraram o apoio da polícia militar. Eles deixaram o local escoltados pela PM. Os profissionais passam bem.
https://exame.com/brasil/jornalistas-sao-agredidos-com-chutes-e-murros-por-apoiadores-de-bolsonaro/, com ajustes
Texto II
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) informou (...) que a mídia profissional sofreu no ano passado 11 mil ataques por dia por meio de redes sociais – uma média de sete agressões por minuto. Os dados constam do relatório anual sobre Violações à Liberdade de Expressão. Essa foi a primeira vez que a Abert incluiu os ataques virtuais em seu relatório. Segundo o presidente da entidade, Paulo Tonet, isso foi necessário porque os ataques virtuais “tomaram uma dimensão muito grande (...). Eu acho muito grave, muito preocupante, o aumento no número de agressões que pudemos contabilizar em 11 mil agressões por dia. Isso revela uma incompreensão com o papel que os jornalistas exercem na sociedade brasileira”, completou.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/03/11/casos-de-violencia-contra-jornalistas-caem-pela-metade-em-2019-na-comparacao-com-2018-diz-abert.ghtml, com ajustes
Texto III
Um jornalista é morto por semana no mundo simplesmente por fazer seu trabalho. Os jornalistas do mundo inteiro estão pagando um preço alto ao defenderem um dos direitos humanos fundamentais – o direito à informação e à liberdade expressão. A perseguição a esses profissionais é crescente em todo o planeta, e a tentativa de calá-los é uma ameaça à democracia. Os ataques vão desde invasão de computadores até assassinatos, passando por assédio, intimidações, sequestros e detenções ilegais. Muitas vezes, suas famílias também são postas em risco.
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social (...).
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
O Ministério da Justiça criou o Observatório da Violência
contra Jornalistas e Comunicadores Sociais. O órgão havia sido anunciado pelo
titular da pasta, Flávio Dino, após as agressões a jornalistas durante os
ataques terroristas praticados (...) em 8-1-2023, em Brasília.
CONTEXTUALIZAÇÃO E COMANDO: Imagine que você faça parte da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), entidade que representa a categoria dos jornalistas no país, e, tendo em vista as recentes agressões aos profissionais da imprensa, tenha sido destacado para escrever uma CARTA ABERTA, destinada à secretaria de Segurança Pública. Nessa CARTA você deverá:
1) informar à comunidade a respeito das agressões às equipes de jornalismo;
2) esclarecer a comunidade a respeito do direito constitucional à informação;
3) argumentar e, ao final, pedir o apoio à comunidade, incentivando-a a assinar uma petição on-line, para mobilização da Secretaria de Segurança Pública no que diz respeito ao reforço da segurança às equipes de jornalismo.
Essa CARTA ABERTA será lida e impressa nos grandes veículos de comunicação.
Só para lembrar...
A CARTA ABERTA é um gênero textual expositivo, argumentativo e reivindicatório. A principal característica da CARTA ABERTA é permitir que uma pessoa ou uma coletividade exponha, abertamente, suas reclamações e suas pretensões/reivindicações acerca de algo que, normalmente, não alcançou de modo particular – então a necessidade de um apelo “aberto”.
Como fazer uma CARTA ABERTA?
A composição da CARTA ABERTA é maleável. Ainda que não necessariamente nesta ordem, a CARTA ABERTA, geralmente, traz os mesmos elementos da carta tradicional, quais sejam: local; data; vocativo (evoca-se, quer dizer, chama-se o representante de um órgão público); apresentação do remetente (normalmente uma coletividade); síntese do assunto, discussão e pedido do remetente para a solução do problema apresentado); agradecimento (opcional); despedida (opcional) e assinatura (geralmente, uma pessoa, em nome da coletividade, assina a CARTA ABERTA).
A CARTA ABERTA pode ser escrita em 1.ª ou 3.ª pessoa do singular ou do plural. Geralmente,
contém título (CARTA ABERTA) e subtítulo, que procura adiantar quem é o
remetente, o destinatário e o assunto. Por exemplo: