EM - PARÁGRAFO INTRODUTÓRIO - MODELO ENEM - CORRUPÇÃO E DEMOCRACIA
PARÁGRAFO INTRODUTÓRIO - DISSERTAÇÃO - EM
CORRUPÇÃO NO BRASIL
PARÁGRAFO INTRODUTÓRIO
ID: FJ8
Texto I
A corrupção política configura-se quando governantes, servidores públicos e agentes privados utilizam-se ilegalmente do poder político e financeiro de organismos ou agências governamentais, com o objetivo de transferir renda pública ou privada, de maneira criminosa, para si ou para determinados indivíduos e grupos ligados por quaisquer laços de interesse comum.
A baixa confiança da população brasileira frente às principais instituições políticas (...) tem sido apontada por diversas pesquisas. A despeito dos vários fatores causadores desta desconfiança generalizada, a corrupção é, certamente, o principal deles, contribuindo sobremaneira para o enfraquecimento das principais instituições democráticas brasileiras, além de afastar a população da participação política. (...) Apesar de instituições demonstrarem grande capacidade em garantir transparência às práticas corruptas, e da habilidade da mídia em tornar visível a ocorrência da corrupção, não existe o mesmo desenvolvimento da competência de punir os envolvidos, principalmente por parte do Poder Judiciário. Nos momentos de eleição, políticos envolvidos em escândalos continuam sendo reeleitos pelo voto popular. Os resultados da ineficácia em punir políticos no âmbito jurídico e eleitoral, tem suscitado a sensação de que o problema da corrupção é recorrente e, que os cidadãos são, de certa forma, tolerantes a ela. O cenário pode concorrer para o julgamento de que os órgãos governamentais são relativamente apáticos, o que sugere desconfiança quanto à atuação destes. (...) A população brasileira reconhece que a corrupção no país é endêmica e perniciosa para a constituição de uma agenda sólida de desenvolvimento socioeconômico.
https://www.fclar.unesp.br/Home/Pesquisa/GruposdePesquisa/participacaodemocraciaepoliticaspublicas/encontrosinternacionais/pdf-st15-trab-aceito-0470-12.pdf, com ajustes
Texto III
Em 2018, o Brasil piorou e caiu 9 posições no ranking elaborado pela organização Transparência Internacional que avalia a percepção da corrupção no setor público em 180 países. A pontuação brasileira recuou para 35 e o país passou a ocupar 105.º lugar no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), o que representa o pior resultado desde 2012. Quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto.
O IPC pontua e classifica os países com base no quão corrupto o setor público é percebido por executivos, investidores, acadêmicos e estudiosos da área da transparência. O índice analisa aspectos como propina, desvio de recursos públicos, burocracia excessiva, nepotismo e habilidade dos governos em conter a corrupção.
Os países recebem notas de 0 a 100 – sendo 0 igual a um alto grau de percepção da corrupção, e 100, um alto grau de percepção de integridade no setor público.
Veja a posição de alguns países no ranking:
1) Dinamarca - 88 pontos
2) Nova Zelândia - 87 pontos
3)Finlândia - 85 pontos
4) Singapura - 85 pontos
5) Suécia - 85 pontos
6) Suíça - 84 pontos
7) Noruega - 84 pontos
8) Holanda - 82 pontos
9) Canadá - 81 pontos
10) Luxemburgo - 81 pontos
61) Cuba - 47 pontos
78) Gana - 41 pontos
85) Argentina - 40 pontos
105) Argélia - 35 pontos
105) Brasil - 35 pontos
105) Costa do Marfim - 35 pontos
178) Sudão do Sul - 13 pontos
178) Síria - 13 pontos
180) Somália - 10 pontos
Recuos consecutivos
O Brasil vem caindo no ranking desde 2014. Em 2016, o Brasil ficou em 79.º. Em 2017, o país estava na 96.ª colocação. "Este ano, chegamos à 105.ª posição. A oitava economia do mundo [está] ocupando uma posição bastante constrangedora no ranking”, afirmou Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija o parágrafo introdutório para um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Caminhos para acabar com a corrupção e fortalecer a democracia brasileira”.