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EFAF - ENTREVISTA COM TIA NASTÁCIA, DO SÍTIO DO PICA-PAU AMARELO
ENTREVISTA - EF ANOS FINAIS
ENTREVISTA - TIA NASTÁCIA NUM REALITY CULINÁRIO
ID: E25
Texto I
José Bento Renato Monteiro Lobato
(Taubaté, 18 de abril de 1882 – São Paulo, 4 de julho de 1948) foi um dos mais
influentes escritores brasileiros de todos os tempos. Lobato tornou-se
conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis, que contempla
a vida na roça, exatamente no Sítio do Pica-Pau Amarelo; o folclore nacional
também é revisitado. Sem dúvida, Lobato é primeiro autor brasileiro de
literatura infantil de qualidade, consagrado pela obra O Sítio do Picapau
Amarelo, que povoa até hoje o imaginário de crianças, jovens e adultos.
Texto II
Nos últimos anos,
o escritor Monteiro Lobato, criador do clássico infantil brasileiro “O Sítio do
Pica-pau Amarelo”, passou a ter a carreira e a obra contestadas. O primeiro
motivo foi a percepção de que o conteúdo da obra tinha conotação racista. Um
dos exemplos concretos de situação de racismo está na representação de Tia
Nastácia. Além de expressões preconceituosas destinadas a ela, a personagem foi
a única que não passou por nenhuma mudança visual desde o lançamento da
primeira história em que aparece. A bisneta do autor, Cleo Monteiro Lobato,
encontrou um jeito de reparar as citações racistas de Lobato ao reeditar a obra
com adaptações que condizem com o contexto atual. Dessa forma, fez a supressão
de termos racistas, como “negra beiçuda”, usados para denominar Tia Nastácia na
nova coleção de “Reinações de Narizinho”. “O que eu fiz foi pegar a personagem
Tia Nastácia, que era tratada com a normalidade dos anos 1920 — o que não é
normal nem aceitável em 2020 — e a chamei pelo nome”, conta. Apesar disso, ela
faz questão de ressaltar que o bisavô não era racista.
https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2020/12/4895827-bisneta-de-monteiro-lobato-adapta-os-classicos-da-literatura-ao-contexto-atual.html.
Adaptado para fins didáticos. Acesso em 11.nov.2022.
Texto III
Tia Nastácia era uma negra amada por
todos que a conheciam, cozinhava divinamente e vivia em um sítio onde a
criatividade e a fantasia faziam parte da realidade. Parece completamente
disparatado querer relacionar a obra a algum tipo de "estímulo ao
racismo". A negra tia Nastácia é um retrato da cultura da época, passando
a imagem de uma pessoa simples, amável e alegre, que era de certa forma a
crítica das estrepolias da boneca Emília, assumindo uma personagem mais
importante do que a própria D. Benta, avó de Pedrinho e Narizinho.
https://artemirna.blogspot.com/2012/09/tia-nastacia-grande-personagem-de-lobato.html.
Adaptado para fins didáticos. Acesso em 15.nov.2022.
CONTEXTUALIZAÇÃO: Não resta dúvida de que Tia Nastácia
era e é muito amada pelos leitores de Monteiro Lobato, em especial aqueles que
conviveram, nas tardes de segunda à sexta-feira, com ela e com os demais
personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo, um clássico das emissoras de TV. Estudiosos
da obra lobatiana também não se cansam de atribuir à Tia Nastácia o posto de
boa cozinheira.
Pois bem!
Já imaginou se Tia Nastácia
fosse, hoje, convidada para participar de algum reality culinário (tipo o
MasterChef Brasil)? Pois bem! Solte a imaginação e veja Tia Nastácia no estúdio
do programa...
COMANDO: Imagine, então, que você tenha sido convidado a entrevistar, ainda que imaginariamente, uma das maiores personagens
de Monteiro Lobato: Tia Nastácia. Para isso, além das informações do material
de apoio, você deve considerar o contexto acima – Tia Nastácia em um reality
culinário. Esse episódio deve ser o ponto alto da abordagem - o entrevistador
precisa querer saber como tudo aconteceu: será que ela foi a campeã da
temporada da qual participou? Crie/invente falas de Tia Nastácia que deem
coerência às abordagens do entrevistador mais criativo de todos os tempos!
Só para lembrar...
Entrevista é gênero textual do domínio do discurso jornalístico; é o diálogo entre
entrevistador (jornalista) e entrevistado (geralmente, uma pessoa de destaque
nacional ou internacional).
COMO FAZER? Primeiramente, o
jornalista/entrevistador indaga e ouve as narrativas do entrevistado. A partir
da coleta dessas informações, a entrevista é redigida, com a apresentação,
ainda que breve, da revista/jornal entrevistador, da biografia do entrevistado,
do tema da entrevista e da respectiva importância dele no contexto em que está
inserido (social, político, econômico, cultural etc.). Em seguida, alternam-se
perguntas (do entrevistador) e respostas (do entrevistado). Para a sequência
dialogal de perguntas e respostas, são utilizadas rubricas que identificam o
entrevistador e o entrevistado. Geralmente, atribui-se um título (pode ser o
nome do entrevistado) e um subtítulo (frase de impacto, colhida das falas do
entrevistado).
IMPORTANTE: O entrevistador precisa estar atento na elaboração
das perguntas, que devem ser objetivas/curtas. Obviamente, as falas do
entrevistador não devem ser maiores que as do entrevistado.