Há mídias que informam e, eventualmente,
compõem inverdades apelativas em busca de um clique. Muitos subestimam essa
força; porém, há países que reconhecem e controlam esse bombardeio de
informações presente nas redes sociais. (...) A dependência desenvolvida à
utilização das redes sociais, o avanço tecnológico e a maior acessibilidade aos
meios, estimulam e propiciam um ambiente fértil para esse espetáculo nonsense.
Zygmunt Bauman, um dos mais importantes
sociólogos da atualidade, lançou um olhar crítico para as transformações
sociais trazidas pelo capitalismo globalizado (...). O que perdemos e o que
ganhamos na era da fluidez da informação? Ele responde: “Utilizar as fontes
corretas é “divisor de águas” e saber avaliar quais são essas fontes é,
digamos, uma atitude inteligente e diferenciada. Se por um lado as notícias
falsas (fake news) alteram o hábito de consumo da informação, do outro, esse
movimento reforça a importância do profissionalismo no meio jornalístico e
ressalta a necessidade do investimento em pesquisas e apuração de dados”.
https://portal.comunique-se.com.br/como-sustentar-a-credibilidade-da-informacao-na-era-liquida-das-relacoes/,
com ajustes
Texto IV
O número de interações nas redes
sociais com as notícias falsas excedeu o de interações com as notícias que, de
fato, eram verdadeiras. Se alguma vez a informação já foi escassa, hoje a
situação é oposta. Vive-se dentro de uma infosfera, que produz constantemente
uma grande quantidade de informações, de forma que o próprio indivíduo parece
não dar conta da carga informacional disponibilizada diariamente ao seu aparato
cognitivo. Não bastasse a explosão informacional, que leva o volume de informações
a um nível muito mais difícil de acessar e interpretar, ainda se soma a isso a
mistura de informação verídica com informações e dados falsos, propagados
muitas vezes de forma negligente e até intencional. Dessa forma, a atual
emergência do fenômeno da desinformação sugere que a leitura e interpretação
perdeu seu poder de criticidade, gerando uma mecanização no comportamento dos
indivíduos acerca da informação, de modo que acabam se comportando como
replicadores de uma “poluição informacional”.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: “A DESINFORMAÇÃO NA ERA DA SUPERABUNDÂNCIA DA INFORMAÇÃO”. Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.