MODELO ENEM - EDUCAÇÃO E INCLUSÃO DIGITAL NO CONTEXTO DA PANDEMIA
ENEM
EDUCAÇÃO E INCLUSÃO
DIGITAL NO CONTEXTO DA PANDEMIA
MODELO ENEM
ID: F8P
Texto I
No Brasil, 4,8 milhões de crianças e adolescentes, na faixa de 9 a 17
anos, não têm acesso à internet em casa. Eles correspondem a 17% de brasileiros nessa faixa etária. Os dados, divulgados (...) pelo
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), fazem parte da pesquisa TIC
Kids Online 2019. (...) “A gente está em
um momento de crise, uma crise aguda em função da pandemia, que vai ter impacto
na vida das crianças e adolescentes, como um todo. Do ponto de vista da
educação, a gente está com uma questão séria: o que é preciso fazer para que
essas crianças e adolescentes tenham acesso a algum tipo de aprendizagem”, diz
o chefe de Educação do Unicef, Ítalo Dutra. Segundo Dutra, a pandemia evidencia
desigualdades que já são enfrentadas no cotidiano em todo o país. Há escolas
que têm infraestrutura adequada e de qualidade, e outras que não, o que já
impacta o aprendizado das crianças.
A Inclusão Digital, para acontecer,
precisa de três instrumentos básicos que são: computador, acesso à rede e o
domínio dessas ferramentas, pois não basta apenas o cidadão ter um computador conectado
à internet para ser considerado incluído digitalmente. Ele precisa saber o que
fazer com essas ferramentas.
A crise [da
Saúde] se espalhou pelo mundo de forma rápida e impactante, fazendo com que
muitas pessoas se isolassem socialmente (...). Seja para trabalhar remotamente,
acompanhar os estudos, obter informações atualizadas (...), a internet tem sido
uma grande aliada e muitas vezes o único recurso de apoio nesse período.
Mas o mundo
online está preparado para todos?
Um estudo feito
pelo Movimento Web para Todos, em parceria com a BigData Corp, mostrou que dos
14 milhões de sites ativos no Brasil 99% não estão acessíveis para pessoas com
deficiência. Isso significa que os conteúdos não chegam ou chegam de forma
ineficiente para um público de mais de 45 milhões de pessoas. E, por mais que o
digital tenha como propósito facilitar a vida das pessoas, vemos que não está
acontecendo dessa maneira. Como um surdo faz para obter notícias sobre a
pandemia, uma vez que a maioria depende da língua de sinais em sua comunicação?
Ou caso uma pessoa cega precise comprar online em um site que não possui uma
navegação adequada para ela? Pessoas com deficiência encontram barreiras como
essas diariamente e nesse momento, em que sair de casa representa um risco à
saúde, essas barreiras têm um peso muito maior.
O ensino remoto
emergencial foi uma das opções encontradas para contornar a falta de aulas em
escolas e universidades durante a pandemia. Ainda que seja uma solução
interessante para aproximar alunos e professores, o uso de plataformas virtuais
e atividades escolares a distância coloca luz sobre a desigualdade de acesso a
tecnologias de comunicação e informação – e pode aprofundar o abismo social da
educação no Brasil (...). A educação de um país, de modo geral, deveria seguir
preceitos constitucionais e legais, pautados em políticas públicas que
proporcionassem ao máximo uma igualdade de oportunidades, independente de
condições socioeconômicas.
Levantamento da UFMG e
CNTE (...) aponta que 89% não tinham experiência anterior à pandemia para dar
aulas remotas, e 42% dos entrevistados afirmam que seguem sem treinamento,
aprendendo tudo por conta própria. Para 21%, é difícil ou muito difícil lidar
com tecnologias digitais. Os resultados mostram a dificuldade dos professores
em lidar com a nova realidade, e o esforço pessoal para transmitir a
aprendizagem aos estudantes durante a emergência de saúde provocada pelo
coronavírus.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: A EDUCAÇÃO BRASILEIRA E A INCLUSÃO DIGITAL NO CONTEXTO DA PANDEMIA. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.