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MODELO ENEM - POBREZA MENSTRUAL

ENEM

POBREZA MENSTRUAL

MODELO ENEM

ID: G25


Texto I


Uma em cada dez meninas no mundo deixam de ir à escola quando estão menstruadas. No Brasil, estima-se que sejam uma em cada quatro. Falta de condição financeira para comprar absorventes e de estruturas sanitárias estão entre as causas do problema batizado de pobreza menstrual, e reconhecido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A pobreza menstrual, como o nome já diz, tem a ver com pobreza no sentido literal. É caracterizada pela falta de acesso a recursos, infraestrutura e até conhecimento por parte de mulheres para cuidados que envolvam a própria menstruação. Trata-se de um fenômeno afetado pela desigualdade social, racial e de renda, segundo o levantamento “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, realizado pelo Unicef. (...)

Acesso em 29.jul.2021.

 

Texto II

Pedaço de pano, papel higiênico, papelão, jornal e até mesmo miolo de pão. Esses são alguns exemplos de materiais inadequados e inseguros usados durante o ciclo menstrual de adolescentes, jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade social. De meninas que faltam à aula até presidiárias que, em 30 dias, recebem 8 absorventes — ou tampões menstruais — , a “pobreza ou precariedade menstrual”, termo usado para definir a falta de acesso a produtos de higiene específicos, é um problema que afeta mulheres de todos os países. (...) Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu que o direito das mulheres à higiene menstrual é uma questão de saúde pública e de direitos humanos. E o que deveria ser um direito é, muitas vezes, um luxo. A ONU estima que uma em cada dez meninas perdem aula quando estão menstruadas. (...) No caso das mulheres encarceradas, cabe destacar que, conforme prevê a Lei de Execução Penal, o direito à saúde integral deveria ser garantido pelo Estado na forma de atendimento médico, farmacêutico e odontológico. Nessa lógica, as mulheres detentas deveriam, por lei, ter acesso aos itens de higiene básica, o que está longe de ser realidade.

Por Bianca Tracanella, Bruna Ferrari, Carolina Vargas, Denise Alves, Gleice Prado, Heloisa Aguiar e Isabela Reis*
*Reportagem desenvolvida por estudantes de jornalismo da Universidade São Judas, orientada pelo professor José Augusto M. Lobato e editada por Maria Teresa Cruz.


Acesso em 29.jul.2021.


Texto III

Segundo a representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant, a falta de condições sanitárias mínimas para que as pessoas possam gerenciar a menstruação é uma violação de direitos humanos (...). “A menstruação é uma condição perfeitamente natural, e deve ser mais seriamente encarada pelas políticas de saúde. Quando não permitimos que uma menina passe por esse período de forma adequada, estamos violando sua dignidade. É urgente discutir meios de garantir a saúde menstrual, com a construção de políticas públicas eficazes, com a distribuição gratuita de absorventes, com uma educação abrangente para que as meninas além de conhecerem o corpo, saibam o que acontece com ele durante o ciclo menstrual (...)”, observa. 

Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/no-brasil-milhoes-de-meninas-carecem-de-infraestrutura-e-itens-basicos-para-cuidados-menstruais, adaptado
Acesso em 29.jul.2021.


Texto IV

Na esteira do combate à pobreza menstrual, a rede americana de farmácias CVS anunciou a redução de 25% no preço de sua marca de tampões. Em comunicado, a CVS afirma que tem feito esforços para ajudar a eliminar a taxa sobre os absorventes íntimos nos Estados Unidos. A rede anunciou que, desde o dia 5 de outubro, também está cobrindo o imposto de venda sobre produtos menstruais para não repassar o valor aos clientes de 12 estados, como Geórgia, Havaí, Luisiana, Missouri, Texas e Winsconsin. Segundo a CVS, porém, ainda há gargalos tributários em alguns estados americanos para a empresa aliviar o imposto ao cliente.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
Acesso em 21.nov.2022.



PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: "Estratégias para conter a pobreza menstrual no Brasil contemporâneo". Apresente proposta de intervenção social que respeite os valores humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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