Vovó de 96 anos costura máscaras para sua comunidade
Nancy Williams é especialista em costura,
então decidiu usar sua atividade preferida para fornecer suporte à sua
comunidade. (...) Williams permaneceu refugiada em sua casa da comunidade
sênior de Loganville, na Geórgia, Estados Unidos, onde instalou sua trincheira
exatamente como em uma guerra. Seu arsenal está cheio de tecido, agulhas e
linhas e cada vez mais máscaras estão ficando prontas.
Desde o início da pandemia de Covid-19,
49% dos brasileiros realizaram algum tipo de doação. Entre os moradores de
favelas, 63% doaram no período. O dado é da pesquisa ‘Pandemia na Favela – A
realidade de 14 milhões de favelados no combate ao novo coronavírus’, realizada
pelo Data Favela.
O levantamento, que entrevistou mais de 3
mil moradores de 239 favelas em todo o país, apontou que os moradores das
favelas são mais solidários em diversos contextos: de tomar conta dos filhos de
outras pessoas enquanto os pais estão trabalhando, até a divisão de cesta
básica com um vizinho que não tem o que comer.
Em tempos de crise, de grandes catástrofes, de guerras e de pandemias,
como a que o mundo enfrenta agora diante do desafio de dominar a COVID-19, a
verdadeira essência da humanidade é revelada. A dor e o sofrimento global
despertam nas pessoas movimentos de mudança interior, seja ele individual ou
coletivo. A psicóloga clínica Maria Clara Jost, da Tip Clínica, professora da
Faculdade de Ciências Médicas e pós-graduada em filosofia, explica que a
transformação pode ser externa, no âmbito do comportamento observável, e/ou
interna, quando ocorre uma mudança nos modos de perceber, de olhar, de julgar,
de interpretar. Ou seja, nasce outra perspectiva, de valorização das coisas,
dos eventos e das pessoas, emergindo como uma possibilidade de ressignificação
e de descoberta de novos sentidos às questões cotidianas.
Então, apesar desse momento de crise, caracterizado precisamente pela
ruptura do fluir da vida, pelo questionamento inevitável de toda a estrutura já
consolidada, provocada pelo irromper de uma situação imprevisível, Maria Clara
Jost destaca que todos, como coletividade, são chamados a dar uma resposta
criativa que possa mobilizar um movimento de construção ou reconstrução de
modos de ser, de se relacionar, de julgar e valorizar o mundo. “Este pode ser o
aspecto positivo e esperançoso se soubermos afrontar essa pandemia”.
A caridade da escola é vertical, semeia costumes ruins e é humilhante. Como
diz um provérbio africano, a mão que dá está sempre acima da mão que recebe.
Mas as relações de solidariedade, que são horizontais, geram respostas
completamente diferentes.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: “Empatia e solidariedade em tempos de pandemia”. Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.