MOVIMENTO ANTIVACINA
MODELO ENEM
ID: EEP
Texto I
Enquanto a maioria dos países se prepara para iniciar campanhas de vacinação contra a Covid-19, doença que já matou mais de 1,2 milhão de pessoas em todo o mundo, crescem, inclusive no Brasil, a desinformação e as teorias conspiratórias que alimentam movimentos antivacinas. Especialistas têm reforçado que, além de dispor do imunizante, de seringas, ampolas, refrigeradores, profissionais de saúde e logística de distribuição, é essencial uma campanha de comunicação sobre a importância da vacinação, para que seja possível alcançar a meta de ter, pelo menos, 60% da população imunizada. "Estamos observando uma espécie de batalha assimétrica: os grupos antivacinas, no Brasil, cresceram consideravelmente durante a pandemia, reaproveitando conteúdos prévios de fake news que já tinham sido produzidos e foram adaptados no contexto da Covid-19. É muito mais barato e fácil produzir notícias falsas com análises conspiratórias e sem nenhum comprometimento do que um estudo com embasamento científico", disse joão Henrique Rafael, idealizador da União Pró-Vacina, grupo de pesquisadoras que tem monitorado grupos antivacinas no Facebook.
https://www.portaldenoticias.com.br/noticia/14557/pesquisadores-analisam-avanco-de-grupos-antivacina-em-plena-pandemia.html
Texto II
(...) Dr. José Cassio de Moraes, professor
adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), adverte
(...) que muitas pessoas não conhecem os “benefícios que a vacinação traz e seu
reduzido risco de causar reações adversas”. O médico ainda ressalta o risco que
muitas pessoas correm por “lerem artigos ou publicações na internet, que não têm
nenhuma base”, como ocorre com uma série de mitos ligados à vacinação contra a
gripe no país. (...) Grupos contrários à vacinação baseiam-se em um artigo
publicado na prestigiada revista “Lancet”, assinado pelo médico britânico Andrew
Wakefild, que atrelou a frequência de casos de autismo com a vacina tríplice
viral – que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. “O estudo […] causou um
prejuízo imenso na Europa com o reaparecimento do sarampo. Era um estudo
fraudulento. Comprovou-se que o autor havia sido contratado por firmas de
advocacia que queriam processar fabricantes da vacina.
https://www.metropoles.com/saude/vacina-sim-ou-nao-grupos-contrarios-a-imunizacao-preocupam-medicos,
com adaptações
Texto III
Os grupos antivacinistas não são exatamente um
movimento recém-nascido – já são conhecidos desde a chamada Revolta da Vacina,
do início do século 20, quando o governo instituiu a imunização obrigatória
como medida de combate à varíola. (...) O infectologista Guido Levi, membro da
diretoria da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), acredita que a baixa
adesão, no caso da febre amarela, tenha sido incentivada pelas notícias sobre
as mortes supostamente causadas por reações ao imunobiológico. “Quantas pessoas
morreram depois de tomar a vacina? Três. E quantas morreram por não tomar? Os
últimos casos foram de pessoas não imunizadas por vontade própria. Existem
efeitos adversos, mas é um número muito pequeno: um para cada 500 mil. Enquanto
isso, a doença mata um a cada três pessoas que contamina”, compara o
especialista.
https://www.metropoles.com/saude/vacina-sim-ou-nao-grupos-contrarios-a-imunizacao-preocupam-medicos,
com adaptações
Texto IV
A Organização Mundial de Saúde (OMS) chamou de
"tragédia" o aumento de 400% nos casos de sarampo em 2017 na Europa.
(...) Os países com mais de 100 casos da doença incluem desde os que estão
mergulhados em crises econômicas e políticas, como Grécia, Espanha e Sérvia,
até os mais desenvolvidos, como Alemanha, França, Bélgica, Reino Unido e Suíça.
(...) Segundo a OMS, a principal razão por trás do aumento de casos de sarampo
na Europa são as falhas nos programas de imunização, além de pouca cobertura de
grupos marginalizados, interrupções na entrega de vacinas e falhas nos sistemas
de vigilância sanitária de diversos países.
https://g1.globo.com/bemestar/noticia/imunizacao-falha-e-onda-antivacina-explicam-aumento-de-400-de-sarampo-na-europa-diz-oms.ghtml
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir da leitura dos seguintes textos motivadores e dos conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma culta da língua portuguesa, sobre o tema “Movimento antivacina – a polêmica em torno da vacinação obrigatória”. Apresente proposta de intervenção que respeite os Direitos Humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.