O Brasil registrou 17.182 focos de queimadas nos
primeiros quatro meses deste ano, o maior número para o período janeiro-abril
desde 2003, quando 16.988 focos foram registrados. Os dados oficiais foram
divulgados em 1.mai.2024, pelo Programa Queimadas, do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe). Este é o segundo ano consecutivo de aumento do
índice quando ele é comparado com o mesmo período do ano anterior - 81% em
relação a 2023. Segundo especialistas e o próprio Ministério do Meio Ambiente,
todo esse aumento é uma consequência direta da piora climática do mundo e do
poderoso El Niño deste ano, que trouxe secas longas principalmente à Amazônia.
Disponível
em: ttps://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2024/05/02/entenda-por-que-o-brasil-registrou-uma-taxa-inedita-de-queimadas-neste-1o-quadrimestre-do-no.ghtml.
Adaptado. Acesso em 15.ago.2024.
Texto II
O Rio Grande do Sul chega em 5 de maio de 2024 com
55 mortes confirmadas e outras 7 em investigação, por conta dos temporais da
última semana. Com isso, o número de vítimas superou o total da última tragédia
ambiental do RS, em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram. Este é o
quarto desastre climático a atingir o Rio Grande do Sul em menos de um ano. Em
2023, três eventos ocorreram em junho, setembro e novembro, deixando, somados,
75 mortos. Agora, além dos mortos, há 74 desaparecidos e 107 pessoas feridas. A
Defesa Civil soma 82,5 mil pessoas fora de casa, sendo 13,3 mil em abrigos e
69,2 mil desalojadas, que recebem abrigo nas casas de familiares ou amigos. Ao
todo, 317 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema,
afetando 510,5 mil pessoas. O governador do Estado afirmou, em 2 de maio de
2024, que este é o "maior desastre climático do estado". Em Porto
Alegre, o nível do Guaíba ultrapassou os 5 metros e superou o nível da cheia
histórica de 1941, que foi de 4,76 metros. "Mais de 150 pontos de pontes,
estradas que foram rompidas, deslizamentos de terra e tantos outros que ainda
vão acontecer. Já é e será o pior desastre climático do nosso estado, e a gente
precisa evitar perdas de vidas neste momento", disse o governador.
Disponível
em: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/05/05/mortes-em-enchentes-no-rs-superam-tragedia-de-2023.ghtml.
Adaptado. Acesso em 15.ago.2024.
Texto III
Cinco anos após o rompimento da barragem em Brumadinho, a tragédia ambiental
e humanitária que deixou 270 pessoas mortas e despejou milhões de metros
cúbicos de rejeitos de mineração na bacia do Rio Paraopeba, em 25 de janeiro de
2019, não teve responsáveis apontados até hoje.
Tanto a empresa
responsável pela mina, a Vale S.A, quanto a subsidiária alemã, TÜV SÜD, que
certificou a segurança da estrutura, não foram condenadas, apesar das
investigações apontarem que o risco do rompimento da barragem era de conhecimento
do alto escalão. As empresas e mais 16 pessoas foram denunciadas pelo
Ministério Público de Minas Gerais. (...) A ação prevê o pagamento de R$ 37,68
bilhões em 160 projetos na Bacia de Paraopeba, usados desde programas de
transferências de renda a monitoramentos ambientais e obras de segurança e
reconstrução.
ALBUQUERQUE, Mariana.
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/5-anos-de-brumadinho-o-que-houve-com-os-envolvidos-no-rompimento-da-barragem/.
Adaptado. Acesso em 15.ago.2024.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio
e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um
texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o
tema: Medidas para conter tragédias ambientais no Brasil do século 21.
Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e
fatos para defesa de seu ponto de vista.