A violência escolar, sem dúvida, afeta a instabilidade
física e emocional, interferindo também na qualidade de vida de todos os atores
sociais que transpõem o portão da escola. Já está cientificamente comprovado
que uma das principais causas dessa problemática está implicada, diretamente, à
realidade doméstica: discussões e/ou agressões familiares são o combustível
para a animosidade dentro das escolas. Outros fatores, não menos relevantes,
são as cenas de violência reproduzidas nos meios de comunicação – TV, redes
sociais, sem contar na influência dos jogos eletrônicos. É quase que impossível
esperar que crianças e adolescentes não reproduzam, em sala de aula, o ambiente
tumultuado que deixou do lado de fora do portão da escola.
Gislaine Buosi,
professora e escritora
Texto III
Charge do Cícero. Disponível em: https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2013/11/19/399235/20131119084656826155a.jpg
Texto IV
Toda semana
são noticiados casos de violência nas escolas brasileiras. Infelizmente, o
problema não é um exagero criado pela mídia, mas sim uma realidade enfrentada
diariamente por milhares de professores das redes pública e privada. Entre os
casos mais comuns de violência, podemos citar as ameaças feitas por alunos a
professores, sobretudo a respeito do baixo rendimento escolar. Uma nota abaixo
da média nem sempre é entendida como um alerta para que o aluno melhore e
estude com mais afinco: para muitos estudantes, a nota é compreendida como
ofensa pessoal. Alguns ficam no enfrentamento verbal, enquanto outros partem
para agressão física ou danos a bens do professor, sobretudo carros (pneus
furados são os relatos mais comuns). Depredações a patrimônios da escola e
arrombamentos de salas também integram o vasto rol de atitudes violentas no
ambiente escolar. O tipo de violência mais comum, entretanto, se dá entre os
próprios estudantes.
O que tem intrigado a todos é que esse aumento da
violência veio com a ampliação dos direitos dos cidadãos e com o Estatuto da
Criança e Adolescente. Essa é uma questão que não devemos desprezar. No meu
ponto de vista, o Estatuto prioriza os direitos em detrimento dos deveres.
(...)
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e
com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um
texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, que
responda à pergunta-tema:
“Os desafios para acabar com a violência no ambiente
escolar.”
Apresente proposta de intervenção social que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.